Dois aviões colidiram em um aeroporto próximo da cidade de Saporo, na ilha de Hokkaido, no norte do Japão, nesta terça-feira (16), de acordo com as companhias aéreas envolvidas. O incidente ocorre apenas duas semanas depois que um Airbus que aterrissava se chocou com uma aeronave da Guarda Costeira e deixou 5 mortos em Tóquio.
Ninguém ficou ferido na colisão desta terça, que envolveu aviões das empresas Korean Air e da Cathay Pacific. Segundo a NHK, emissora pública do Japão, o incidente ocorreu por volta das 17h30 no horário local, no aeroporto de Shin-Chitose —a instalação havia sido o local de partida do Airbus envolvido no acidente do início do mês.
Imagens da NHK do local mostraram uma camada espessa de neve no chão. O aeroporto havia alertado mais cedo sobre atrasos e cancelamentos devido à situação climática extrema —mais de 80 voos domésticos e internacionais foram cancelados devido ao mau tempo.
A Cathay Pacific informou que sua aeronave foi “atingida por um A330 da Korean Air, que estava taxiando”, acrescentando que seu avião estava estacionado e sem passageiros ou tripulação no momento do choque.
A Korean Air confirmou que seu avião “entrou em contato” com a aeronave da Cathay durante o pushback, momento em que os aviões são rebocados para locais da pista em que possam taxiar. “Não houve feridos e a companhia aérea está cooperando com todas as autoridades relevantes”, disse a Korean Air em comunicado.
Segundo a agência de notícias Kyodo, o avião da companhia sul-coreana estava a caminho de Seul com 289 passageiros e tripulação a bordo. A agência informou que o Airbus A330 sofreu danos na asa esquerda, enquanto o Boeing 777-300 da Cathay foi danificado perto da cauda direita.
O incidente no dia 2 de janeiro que deixou mortos no aeroporto de Haneda, em Tóquio, ainda está sob investigação. Na ocasião, a aeronave da Japan Airlines com 367 passageiros e 12 tripulantes pegou fogo logo após a colisão, mas todos os presentes conseguiram escapar e apenas 17 pessoas ficaram feridas.
Em uma transcrição das comunicações entre a torre de controle de tráfego aéreo e o jato da Japan Airlines e o avião da Guarda Costeira, parecia que o voo comercial havia recebido permissão para pousar enquanto a aeronave da Guarda Costeira havia sido instruída a “taxiar para o ponto de espera” ao lado da pista.
“Senti um estrondo como se tivéssemos batido em alguma coisa”, disse um passageiro à agência de notícias Kyodo. “Vi faíscas do lado de fora da janela e a cabine estava cheia de gás e fumaça.”