A Comissão Europeia iniciou nesta terça-feira (17) uma investigação contra o TikTok por suspeita de não agir para impedir a interferência em eleições, especialmente no pleito presidencial da Romênia, no mês passado.
O órgão disse que solicitará informações e investigará a política da plataforma sobre anúncios e conteúdo político pagos, bem como os sistemas da rede social para gerar recomendações e riscos de manipulação. Não há prazo específico para concluir os procedimentos.
O TikTok, de propriedade da chinesa Bytedance, disse que protegeu a integridade de sua plataforma em mais de 150 eleições em todo o mundo e forneceu à Comissão Europeia informações sobre seus esforços.
A empresa afirmou ainda que não aceita anúncios políticos e removia proativamente conteúdo que violava suas políticas sobre desinformação e discurso de ódio.
Em 5 de dezembro, a comissão ordenou ao TikTok que mantivesse em arquivo os dados relacionados às eleições romenas, com base na Lei de Serviços Digitais, que regula as grandes empresas de mídia social na Europa.
O principal tribunal da Romênia posteriormente anulou a eleição presidencial após acusações de interferência russa. A vitória foi do ultranacionalista pró-Moscou Calin Georgescu. Com a anulação, ainda não há data prevista para o novo pleito.
O órgão europeu afirmou estar ciente do risco de interferência nas eleições presidenciais na Croácia, em 29 de dezembro, e nas eleições parlamentares alemãs de fevereiro de 2025.
Esta é a terceira investigação que a Comissão lançou contra o TikTok na esfera da Lei de Serviços Digitais. As duas primeiras estavam relacionadas a riscos para menores.