Donald Trump escolheu a republicana Elise Stefanik para servir como embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, disse o presidente eleito em comunicado compartilhado com a Reuters nesta segunda-feira (11).
“Tenho a honra de nomear Elise Stefanik para servir em meu gabinete”, disse Trump. “Elise é uma lutadora incrivelmente forte, dura e inteligente em prol da América em primeiro lugar.”
Stefanik, 40, representante de Nova York e presidente da Conferência Republicana da Câmara, tem sido uma forte aliada de Trump.
As Nações Unidas se preparam para o retorno de Trump, antecipando possíveis cortes no financiamento e o relacionamento dos EUA com o organismo global durante seu segundo mandato.
Um recuo americano na ONU poderia abrir caminho para a China, que tem aumentado sua influência na diplomacia global.
Trump ofereceu poucos detalhes sobre a política externa em seu segundo mandato, mas seus apoiadores dizem que a força de sua personalidade e sua abordagem de “paz através da força” ajudarão a dobrar os líderes estrangeiros à sua vontade. Ele prometeu resolver a guerra na Ucrânia e é esperado que dê forte apoio a Israel em seus conflitos contra o Hamas e o Hezbollah na Faixa de Gaza e no sul do Líbano.
As principais preocupações da ONU são se os Estados Unidos reduzirão sua contribuição financeira à entidade mundial de 193 países e se vão se retirar de importantes instituições e acordos multilaterais, como a OMS (Organização Mundial da Saúde) e o Acordo de Paris sobre o clima.
Stefanik assumiu uma posição de liderança republicana na Câmara dos Representantes em 2021, quando foi eleita para substituir Liz Cheney, que foi destituída por criticar as acusações falsas de fraude eleitoral de Trump.
Sua primeira aparição nacional ocorreu quando ela fez uma defesa apaixonada de Trump em seu primeiro julgamento de impeachment em 2019, levando o então presidente a declarar que “uma estrela está nascendo”.
Stefanik foi a mulher mais jovem eleita para o Congresso quando venceu seu distrito, que havia votado duas vezes no presidente democrata Barack Obama e havia sido representado por democratas no Congresso desde 1993.
Ela era vista como uma possível escolha para vice-presidente de Trump antes de ele escolher J.D. Vance.
A Reuters tentou contato com Stefanik, mas até o momento ela não havia respondido.
Trump disse no sábado (9) que a ex-candidata presidencial republicana Nikki Haley não será convidada a se juntar à sua administração.
Haley serviu como embaixadora dos EUA nas Nações Unidas sob Trump durante seu mandato anterior e o havia endossado para presidente, apesar de tê-lo criticado duramente quando concorreu contra ele nas primárias do partido.
Trump está se reunindo com potenciais candidatos para atuar em seu governo antes de sua posse como presidente em 20 de janeiro.