Aspirante republicano à Casa Branca, o ex-presidente americano Donald Trump, 77, se comparou ao ícone anti-apartheid sul-africano, Nelson Mandela, neste sábado (6). O fato gerou críticas por parte da equipe de campanha do presidente Joe Biden.
Trump enfrenta acusações em quatro casos criminais diferentes. Em um dos casos, é acusado de fazer pagamentos para comprar o silêncio de uma ex-atriz pornô sobre suposta relação extraconjugal que remonta a 2006. Trump afirmou que, caso seja preso, se tornará “um Nelson Mandela moderno”.
O julgamento sobre o caso começará em 15 de abril e o juiz Juan Merchán impôs uma ordem de silêncio parcial a Trump, após ataques do ex-presidente ao magistrado nas redes sociais.
Neste sábado (6), Trump se manifestou em sua plataforma Truth Social e acusou Merchán de infringir seus direitos à liberdade de expressão, citados na Primeira Emenda à Constituição dos EUA, e de violar a lei.
“Se esse lacaio partidário quiser me colocar na prisão por dizer a verdade aberta e óbvia, com prazer me tornarei um Nelson Mandela moderno. Será minha grande honra”, escreveu Trump.
Mandela, morto em 2013, havia passado 27 anos na prisão antes de ser libertado, concorrer ao cargo de presidente da África do Sul e vencer as eleições.
Trump havia se comparado a Mandela em um comício em 2023. O ex-presidente também já fez o mesmo com Jesus Cristo.
A equipe de campanha de Biden, provável rival de Trump nas eleições americanas de novembro, respondeu à afirmação de Trump.
“Imagine ser tão egocêntrico a ponto de se comparar a Jesus Cristo e Nelson Mandela, tudo em pouco mais de uma semana: com vocês, esse é Donald Trump”, disse a equipe de Biden em comunicado.