O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, insinuou nesta quinta-feira (26) que o prefeito da cidade, Eric Adams, está sendo perseguido politicamente por ter criticado a política imigratória de Joe Biden no passado.
Colega de partido do presidente, Adams foi acusado de corrupção, fraude e solicitação de doações de campanha ilegais de estrangeiros em conspiração com o governo da Turquia.
“Eu assisti há cerca de um ano quando ele falou sobre como os imigrantes ilegais estão prejudicando nossa cidade, e que o governo federal deveria nos pagar, e que nós não deveríamos ter que recebê-los. E eu disse: ‘Sabe de uma coisa? Ele será indiciado dentro de um ano”, afirmou Trump.
“E eu estava exatamente certo, porque é isso que temos. Temos pessoas que usam o Departamento de Justiça e o FBI em níveis que nunca foram vistos antes”, completou o ex-presidente, em alusão aos processos criminais dos quais ele próprio é alvo. Ele se defende afirmando, sem provas, ser vítima de perseguição política.
A coletiva foi convocada na manhã desta quinta, véspera da viagem de Kamala Harris à fronteira com o México —ela vai a Douglas, no Arizona. A entrada de imigrantes de modo ilegal nos EUA, que bateu recorde sob o governo Biden, é um dos principais ataques usados por Trump contra a adversária.
O empresário repetiu o discurso que tem feito em comícios, entrevistas e debates. Na contramão das estatísticas, ele culpa imigrantes por uma alta da criminalidade e por supostamente tomarem empregos de negros e hispânicos.
Nesta quinta, Trump voltou a falar de estupros e assassinatos supostamente cometidos por imigrantes, acusar países do mundo de enviarem propositalmente criminosos aos EUA, e prometeu uma deportação em massa se eleito.
Ele não repetiu a história mentirosa de que haitianos estariam comendo pets em uma cidade em Ohio, mas disse que a necessidade de contratar intérpretes nas escolas para ajudar os filhos dos imigrantes estaria obrigando a cidade a demitir pessoas.