O novo líder da Síria, Ahmed al-Sharaa, chegou a um acordo nesta terça-feira (24) com chefes de ex-facções rebeldes para dissolver todos os grupos e consolidá-los sob o Ministério da Defesa, de acordo com um comunicadoo.
O primeiro-ministro interino, Mohammed al-Bashir, havia dito na semana passada que o ministério seria reestruturado utilizando ex-facções rebeldes e militares que desertaram do Exército de Bashar al-Assad.
Sharaa tem pela frente a difícil tarefa de tentar evitar confrontos entre os inúmeros grupos paramilitares que lutaram para derrubar o regime de Assad.
No sábado (21), os novos governantes da Síria nomearam Murhaf Abu Qasra, uma figura de destaque na insurgência contra o agora ex-ditador, como ministro da Defesa no governo interino.
Os rebeldes sírios sob o comando das forças da HTS (Organização para a Libertação do Levante, na sigla árabe) tomaram o controle de Damasco em 8 de dezembro, forçando Assad a fugir após mais de 13 anos de guerra civil e encerrando o regime de décadas de sua família.
No mesmo dia, logo após deixar a Síria com destino a Moscou, onde recebeu asilo do governo russo, Assad disse que sua saída não foi planejada e que Damasco estava nas mãos de terroristas.
A Rússia foi a maior aliada internacional e fiadora de Assad desde o início da guerra civil em 2011. Entretanto, o líder Vladimir Putin nega que tenha sofrido uma derrota após a queda do regime sírio.