A Rússia afirmou nesta quarta-feira (18) que prendeu um cidadão do Uzbequistão que confessou ter plantado uma bomba que matou o comandante das forças de defesa contra armas nucleares, químicas e biológicas do país, general Igor Kirillov.
O militar foi assassinado na terça-feira (17), sob as instruções do serviço de segurança da Ucrânia. Ele estava acompanhado por um assistente, Ilia Polikarpov, que também morreu.
O general foi morto em atentado com um patinete elétrico que escondia um explosivo. Ele foi o oficial militar russo de mais alta patente a ser assassinado no país pela Ucrânia.
Na véspera, o SBU (serviço secreto da Ucrânia) o havia condenado in absentia pela acusação de emprego de armas químicas na guerra iniciada por Vladimir Putin em 2022. Na terça, o órgão confirmou de forma anônima a autoria do ataque.
O Comitê Investigativo da Rússia, que apura crimes graves, afirmou em um comunicado que o suspeito, cujo nome não foi revelado, disse durante interrogatório que recebeu um dispositivo explosivo improvisado para o ataque.
Segundo a investigação, ele descreveu como colocou o dispositivo em um patinete elétrico que estacionou na entrada do prédio onde Kirillov morava.
O suspeito teria informado que os mandantes do assassinato estariam na cidade ucraniana de Dnipro e usaram uma câmera de vigilância instalada em um carro alugado nas proximidades do prédio para rastrear Kirillov. A bomba foi detonada remotamente quando ele saiu do prédio.
Os investigadores informaram que estão identificando outras pessoas envolvidas no atentado.