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Rússia bombardeia Kiev enquanto combate invasão – 11/08/2024 – Mundo

Um ataque aéreo da Rússia causou a morte de um menino de quatro anos e de seu pai numa área próxima a Kiev, disseram autoridades ucranianas neste domingo (11).

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, afirmou que o ataque envolveu um míssil fabricado pela Coreia do Norte, aliada da Rússia. Três outras pessoas, incluindo um adolescente, ficaram feridos no bombardeio, que atingiu uma região a leste da capital.

Zelenski não deu mais detalhes sobre o ataque, mas os serviços de emergência da Ucrânia disseram que a casa das vítimas, localizada no distrito de Brovari, foi atingida por destroços de um míssil abatido.

Imagens publicadas pelas autoridades mostram agentes escavando uma pilha de destroços e retirando o corpo de uma criança.

“De acordo com informações preliminares, os russos usaram um míssil fabricado pela Coreia do Norte neste ataque. Mais um ataque terrorista deliberado contra a Ucrânia”, escreveu Zelenski na rede social X. Ele disse que especialistas ainda estavam analisando o armamento utilizado.

Kiev ainda afirmou que, no total, quatro mísseis norte-coreanos KN-23 foram lançados pela Rússia, mas não especificou o que ocorreu com os outros três.

No ataque russo, realizado à noite, ainda foram lançados 57 drones fabricados pelo Irã. Autoridades ucranianas afirmaram que 53 deles foram destruídos pela defesa aérea do país.

A agência de notícias Reuters não conseguiu verificar de forma independente os relatos.

Em sua manifestação, Zelenski defendeu que os aliados do país ajudem na montagem de um sistema de escudo antiaéreo e pediu autorização para usar armas cedidas pelo Ocidente em ataques dentro do território russo.

Não houve comentário imediato da Rússia, mas o país nega reiteradamente mirar civis.

O ataque próximo a Kiev ocorre no momento em que forças ucranianas realizam incursões na região russa de Kursk, no sul do país.

A Rússia retirou mais de 76 mil pessoas de áreas de Kursk próximas à fronteira com a Ucrânia após avanços das forças ucranianas no território na última semana.

Há relatos de batalhas intensas entre as tropas até 20 km dentro da região, no maior ataque de Kiev contra território soberano da Rússia desde o início da guerra no Leste Europeu, em fevereiro de 2022.

Até o início desta ofensiva, a guerra vinha sendo travada quase exclusivamente dentro das fronteiras da Ucrânia.

Na sexta (9), o governo de Vladimir Putin anunciou o envio de mais tropas para conter a incursão, além de uma lista de equipamentos militares que incluía lançadores BM-21 Grad e caminhões Ural e Kamaz.

Putin denunciou uma “provocação em grande escala” por parte da Ucrânia.

No sábado (10), Zelenski, reconheceu pela primeira vez que forças ucranianas estão lutando em Kursk. Em uma mensagem de vídeo, ele disse que tinha discutido a operação com o principal comandante militar da Ucrânia, Oleksandr Sirskii.

“Hoje recebi diversos relatórios sobre nossas ações para levar a guerra ao território do agressor”, disse o presidente. “Estou agradecido a cada unidade das forças de defesa por garantir que a Ucrânia prove que pode restaurar a justiça e aplicar a pressão necessária contra o agressor”.

Neste domingo, o ministério de Defesa da Rússia disse que 14 drones ucranianos tinham sido destruídos na região de Kursk, além de quatro mísseis balísticos.

A pasta afirmou ainda que a incursão ucraniana não faz sentido do ponto de vista militar.

Fonte: Folha de São Paulo

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