A Rússia afirmou nesta quarta-feira (25) que tomou outros dois vilarejos na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, onde suas tropas continuam avançando, apoiadas em sua superioridade numérica e de efetivos.
“Unidades do grupo do Sul liberaram as localidades de Gostré e Grigorivka”, disse o Ministério da Defesa russo em comunicado.
No último mês, as Forças russas no leste da Ucrânia avançaram no ritmo mais acelerado dos últimos dois anos, mesmo diante da incursão ucraniana na região russa de Kursk, que buscou pressionar Moscou a redirecionar suas tropas.
Nas últimas horas, os observadores militares estão particularmente preocupados com a situação em Vuhledar, uma cidade localizada mais ao sul na região de Donetsk, onde as tropas ucranianas têm repelido intensos ataques russos desde o início da ofensiva.
Segundo o governador regional de Donetsk, Vadim Filashkin, “grupos de reconhecimento” russos “estão tentando penetrar na cidade”, mas afirmou que os soldados ucranianos “os estão eliminando”.
“Cem pessoas permanecem na localidade e se recusam a sair”, declarou Filashkin na TV ucraniana. Ele afirmou ser “impossível fornecer ajuda humanitária porque o inimigo está disparando em todas as estradas que levam a Vuhledar”.
O Ministério da Defesa britânico afirmou mais cedo na quarta-feira, em seu relatório diário, que as tropas do Kremlin avançaram, ameaçando agora a cidade por três flancos.
Contatadas pela AFP, a 72ª brigada mecanizada ucraniana, que defende a cidade, e o comando responsável pelo setor não quiseram comentar a situação.
A autoridade nomeada por Moscou na região de Donetsk, Denis Pushilin, citado pela agência russa Ria Novosti, afirmou que já estão ocorrendo combates em Vuhledar.
Questionado sobre relatos de que as tropas da Rússia haviam cercado Vuhledar, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse à CNN: “A dinâmica é positiva”.
A Ucrânia, com dificuldades no leste, lançou um ataque de grande envergadura na região russa de Kursk, em 6 de agosto. Com essa operação, a Ucrânia buscou dispersar as tropas de Moscou para frear seus avanços no leste.
