As professoras da Escola Maria Zenaide, em Coruripe, interior de Alagoas, foram indiciadas omissão do dever de cuidado, após conclusão do inquérito policial que investigava o caso do menino de 2 anos que foi mordido 19 vezes por outro aluno da mesma idade, sem que as profissionais percebessem, em Fevereiro deste ano. Segundo informações da…
As professoras da Escola Maria Zenaide, em Coruripe, interior de Alagoas, foram indiciadas omissão do dever de cuidado, após conclusão do inquérito policial que investigava o caso do menino de 2 anos que foi mordido 19 vezes por outro aluno da mesma idade, sem que as profissionais percebessem, em Fevereiro deste ano.
Segundo informações da Polícia Civil, que realizou investigação sobre os fatos através da 89º Distrito Policial de Coruripe, exames de corpo de delito evidenciaram as 19 mordidas espalhadas pelo corpo da criança, que não apenas deixaram marcas físicas, mas também geraram um trauma emocional na vítima, resultando em um abalo psicológico.
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O delegado titular da unidade, Alexandre César, disse que um meticuloso processo de investigação policial constatou a falha por parte das professoras que estavam incumbidas de garantir a segurança e proteção dos alunos.
Além das evidências materiais, a autoridade policial baseou-se também em depoimentos, especialmente o da mãe da vítima, que havia deixado o filho na creche e foi acionada cerca de 1h30 depois para buscá-lo devido aos ferimentos.
À época dos fatos, a mãe contou também que questionou às profissionais como isto teria acontecido e que ouviu a auxiliar dizer que estava na sala com o filho dela e um outro aluno de mesma idade, mas que precisou se afastar para acalmar uma terceira criança que estaria chorando. Ao retornar, viu os dois meninos embaixo de uma mesa e não notou o que havia acontecido até ele começar a chorar também, momento em que acionou a direção da escola.
A Secretaria de Educação de Coruripe afastou as profissionais e abriu inquérito administrativo para apurar os fatos. Atualmente o processo está na procuradoria e de lá deve seguir para uma comissão de julgamento instituída por portaria, que deve definir o futuro das profissionais, que seguem afastadas das suas atividades. Este procediemento não está relacionado com a investigação policial.