Um professor de Educação Física está sendo investigado por supostamente assediar uma aluna na Escola Estadual Jornalista Lafaiette Belo, no Benedito Bentes, em Maceió. Segundo a denúncia, o professor, de 61 anos, utilizou de frases com conotação sexual em conversa com a estudante, uma pré-adolescente de 13 anos.
O pai da vítima procurou a Delegacia de Combate aos Crimes Contra a Criança e ao Adolescente, na Jatiúca, para registrar um Boletim de Ocorrência (B.O.). O TNH1 teve acesso ao documento, no qual o homem diz que desde o início do ano letivo o professor praticava assédio contra estudantes. O crime contra a menor teria sido praticado no dia 30 de julho, por volta das 16h, mas só foi registrado na Polícia Civil no dia 08 de agosto.
À polícia, o pai relatou que a filha foi tirar uma dúvida referente à atividade escolar com o professor e que ele respondeu que “se quisesse ser mulher dele tiraria qualquer dúvida”. Ainda no B.O., o pai disse que o professor “fixa olhar nas partes íntimas” da menina e que durante as aulas “ensina e simula práticas sexuais”.
A família da estudante também levou o caso ao Conselho Tutelar e tem cobrado posicionamento da escola, uma vez que o professor segue dando aulas normalmente.
“Minha filha não está participando das aulas de Educação Física. Enquanto for ele o professor, ela não vai. É um absurdo que diante de tudo isso, o professor siga dando aulas como se nada tivesse acontecido, esse homem representa perigo para os alunos”, desabafou a mãe da estudante, acrescentando ter ouvido outros relatos semelhantes na escola.
“Ele já tem o costume de fazer isso em outras escolas também. Eu fiquei sabendo pela diretora e pelo conselho tutelar também, ele estava até recebendo um processo. O conselho está ciente disso e a diretora também. Então é inaceitável, ele não poderia dar aula às meninas. Se está acostumado a fazer isso, não tem possibilidade de estar nas escolas atuando”, disse ela.
O caso está sendo investigado pela delegada Thalita Aquino. A reportagem procurou a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) para saber se o órgão tem ciência da denúncia e quais procedimentos serão adotados. A pasta ficou de checar a denúncia e enviar uma resposta.
O TNH1 também tentou falar com o professor, mas não conseguiu contato, deixando espaço aberto para um eventual posicionamento.