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Prefeito descarta reação em cadeia após rompimento da mina 18, no Mutange

Em entrevista coletiva no início da noite deste domingo, 10, o prefeito de Maceió, JHC, descartou a possibilidade de algum tipo de reação em cadeia devido ao rompimento de parte da mina 18, da Braskem, no Mutange. 

“Essa informação, apesar de ser técnica, mas com os estudos que temos, essa possibilidade é descartada. Pedimos que compartilhem a boa informação. […] Não há nenhum estudo nosso que aponte esse fenômeno para um colapso dessa magnitude”, afirmou o prefeito.

O gestor informou que a prefeitura está consolidando todos os dados apurados em relação à mina 18 após o rompimento. “Os equipamentos que temos na área, o monitoramento feito até hoje foi correto e nos deu uma previsibilidade. De maneira que pudéssemos, de forma preventiva, atuar naquela região. Claro que fica muito difícil cravar informações, mas essa previsão, a iminência, o que pode estar ocorrendo ali, com esses dados consolidados possa nos alertar, isso é fundamental e de suma importância”. 

Prefeito pede tranquilidade aos moradores da região – Devido ao colapso parcial da mina, moradores do Bom Parto relataram a sensação de medo à reportagem da TV Pajuçara. Eles informaram, inclusive, que sirenes tocaram após o novo evento na lagoa. 

“Queria tranquilizar a população que mora nessas comunidades que estão seguros. O fenômeno aconteceu numa localidade onde toda essa movimentação foi concentrada sobre essa mina 18, que tem mais ou menos, didaticamente falando, o tamanho de um campo de futebol. Seria esse tamanho de campo de futebol a área atingida por esse rompimento que vimos toda a movimentação de terra e água. Foi um movimento local e concentrado naquela área”. 

Uma moradora relatou que tem tido crise de ansiedade desde que os acontecimentos daquela mina se intensificaram. 

“Temos que ter em mente o cuidado com as pessoas, a segurança dessas pessoas. Além do dano material na área, já há preocupação muito grande com a saúde mental das famílias, há um dano social muito grande. Parte da população foi revitimizada com todos esses problemas que estão acontecendo e a nossa cidade, quando passa por momentos como esse, acabamos nesse momento de dor e sofrimento dar uma resposta que é necessária para o momento que vivemos, que é crítico. Precisamos ter união e seriedade nas ações para podermos vencer esse momento da maneira mais adequada possível”. 

Monitoramento – “Nenhum dos nossos equipamentos registram sinal de alerta máximo, nem qualquer outro tipo de alerta. Claro que naquela localidade, onde existiam outros tipos de equipamentos, como DGPS que mede afundamento, por conta do próprio afundamento, esses equipamentos tiveram a funcionalidade prejudicada. Estamos adotando outros instrumentos e outras informações, como por satélite, que podem nos dar resposta semelhante, mas que é feita por outros equipamentos. Demora para consolidar um pouco mais as informações”. 

O coordenador da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre, informou que a checagem dos dados via satélite pode demorar de sete a 11 dias. 

“O rompimento foi concentrado, local, sobrevoamos e vimos uma movimentação, um fluxo de lama naquela região da mina 18, no Mutange. Essas pessoas que estão morando nessas comunidades e outras áreas, podem ficar tranquilas. Os equipamentos que utilizamos são de ponta, é o que há de mais moderno em Defesa Civil pelo mundo inteiro. Vamos ampliar, inclusive, esses investimentos para que coloquemos os melhores instrumentos nas mãos dos profissionais que temos hoje”, disse JHC completou. 

“Temos que consolidar os dados e informações, toda essa mina, esses instrumentos, como o sonar que consegue calcular e dimensionar essas cavernas lá embaixo. Na medida que vai colapsando, a mina vai desplacando teto, suas laterais, vai encontrando todo tipo de solo, ora mais rochoso, como calcário, argila, tem que ver como essa mina foi preenchida, ocupada e quais características veio à tona à superfície. Só depois disso, com essas informações, será possível precisar se esse fenômeno se estabiliza ou se ainda há algo que possa nos colocar como ponto de atenção em relação à mina 18. Por isso, precisamos consolidar essas informações”. 

Realocação de moradores do Bom Parto e dos Flexais – O prefeito de Maceió também foi questionado sobre a possibilidade de ampliar o número de pessoas no mapa que determina o Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação (PCF).

“Dentro do Termo de Compensação que nós reabrimos essa discussão com a Braskem para responsabilizá-la por todos os danos causados à nossa cidade, estamos incluindo os moradores do Bom Parto e dos Flexais para que possamos discutir todos os pleitos que esses moradores estão nos trazendo, por indenização, realocação, para que possamos amparar a população nesse momento de dor, angústia e sofrimento”. 

Água da laguna Mundaú – JHC disse ainda que vai solicitar apoio do Instituto do Meio Ambiente (IMA) e da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) para que as análises sobre o impacto na laguna Mundaú sejam feitas em conjunto. 

“É importante fazer essa investigação, porque o IMA e a UFAL, que estão diretamente ligados a essas questões que envolvem a qualidade da água da nossa lagoa naquela localidade, são de fundamental importância. Estamos aguardando esses estudos. É importante que o IMA possa participar para nos respaldar, para conjuntamente, façamos toda a análise para que possamos ter efetivamente as ações direcionadas à reparação por todos os danos ambientais ocasionados na nossa cidade”.

Fonte: TNH1

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