Quebras na produção de azeitona em vários países fizeram o preço do azeite disparar na Europa como um todo. No entanto, dados do Eurostat (gabinete de estatísticas da União Europeia) indicam que Portugal teve o maior reajuste entre os países do mercado comum europeu.
O óleo registrou um aumento de 69% em janeiro de 2024, em comparação ao mesmo mês do ano anterior. A média da UE para o período foi de 50%.
Outras nações conhecidas pela produção de azeitonas também registraram aumento do custo do azeite acima dos 50%, como Grécia (67%) e Espanha (63%).
Embora os preços do azeite tenham subido em todos os estados-membros da UE, os reajustes foram bem menos sentidos em alguns deles. Romênia (12,7%), Irlanda (15,9%) e Holanda (17,6%) foram os países com os menores aumentos em comparação ao período homólogo.
A disparada de preços do azeite em Portugal é multifatorial, mas foi potencializada pela crise enfrentada na vizinha Espanha, maior produtor mundial. Secas, incêndios florestais e ondas de calor derrubaram as colheitas de azeitonas espanholas. A queda na oferta pressionou os preços em todo o mundo.
Nesta quarta-feira (28), a CAP (Confederação dos Agricultores de Portugal) afirmou que o valor do azeite ddeve permaneces no atual patamar, ou até se elevar, até a reposição da oferta.
“Enquanto não se verificar uma reposição da oferta no mercado, ou seja, até que a produção se regularize, é natural que os preços não desçam e que possam ainda subir”, afirmou a confederação em declarações à agência Lusa.
O aumento do preço do azeite também impulsionou a criminalidade. Produtores relatam aumento dos furtos, tanto de azeitonas quanto da substância já processada. Pequenos produtores têm sido os mais atingidos.
As autoridades sanitárias também alertaram para a venda de azeite adulterado na internet.
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