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Por Diário do Povo e CCTV, Xi pede ‘ações práticas’ de Biden – 14/11/2023 – Nelson de Sá

Xi Jinping embarcou para San Francisco, registrou a Xinhua, e deixou “netizens” ocupados em opinar sobre sua cúpula com Joe Biden.

Por redes como Weibo e WeChat, o americano é alvo de memes como “rei dorminhoco” ou “Bai Zhenhua”, Biden que revigora a China —porque suas sanções supostamente ajudam o país, caso da Huawei.

O site Whatsonweibo, que monitora mídia social chinesa, anota que também há fios otimistas. “Muitos são em resposta a um artigo no Diário do Povo“, diz, em referência ao principal jornal do PC.

Intitulado “Desenvolvendo as relações China-EUA com uma atitude responsável em relação à história, ao povo e ao mundo”, é assinado por Zhong Sheng, nome genérico para a “voz da China”.

Diz que “a comunidade internacional espera que as relações sino-americanas voltem à trilha de desenvolvimento estável, injetando estabilidade num mundo caótico“. Cobra “ações práticas” dos EUA.

Também ecoaram texto e vídeo no Weibo dos perfis de Yuyuan Tantian, repórter ligada à CCTV, conhecida pelo acesso ao poder. Crítica, ela diz que, “se os EUA quiserem trabalhar com a China, devem reduzir a lista de 1.300 empresas chinesas” hoje sob sanção.

DE SOJA A JORNALISTAS

Por parte da China, segundo a Bloomberg, duas “ações práticas” já foram encaminhadas. Um importador fez uma encomenda “enorme” de soja americana. E a delegação chinesa negocia com os EUA a aquisição de aviões Boeing 737 Max, suspensa desde as quedas de 2019.

Da parte dos EUA, também segundo a Bloomberg, foram aprovadas “centenas” de vistos para jornalistas chineses, para a cúpula, “questão que vinha sendo fonte de tensão nos laços China-EUA desde 2020, quando as duas nações expulsaram repórteres”.

DIRETAMENTE

O New York Times, com chamada, destaca artigo de uma editorialista, “O que acontece quando os palestinos contam suas histórias diretamente ao mundo?” (acima). Em suma, sobre a “tendência possibilitada pela ascensão de mídia social e tecnologias de tradução”:

“Costumava ser difícil ouvir nos EUA a perspectiva palestina. Os israelenses têm uma série de grupos dedicados à comunicação com o público americano —e ao escrutínio do que os jornalistas escrevem— e os palestinos não têm. Esse buraco está sendo preenchido por publicações dilacerantes, de pessoas comuns cujos familiares acabaram de ser mortos por militares israelenses.”


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Fonte: Folha de São Paulo

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