Drones, aeronaves com detecção de calor, cães farejadores, mais de 500 agentes, inclusão na lista da Interpol. Um aparato mobilizado por 14 dias de buscas que afetaram o cotidiano de um condado inteiro na Pensilvânia. Na manhã desta quarta-feira (14), enfim a polícia dos Estados Unidos conseguiu encerrar as buscas por Danilo Cavalcante, 34.
O brasileiro fugiu da prisão escalando uma parede em 31 de agosto, dias após ter sido condenado à pena perpétua por ter matado a ex-namorada. Pelos dias seguintes, circulando só à noite por uma região cercada de mata, tentou pedir ajuda a duas pessoas e chegou a furtar uma van, invadir casas, mudar o visual e roubar um fuzil.
Escolas foram fechadas e vias, bloqueadas, devido ao aviso da polícia de que ele era considerado extremamente perigoso. Depois da detenção, os policiais envolvidos chegaram a posar para uma foto com o brasileiro algemado ao centro. Ele passou por exames médicos e foi transferido pra uma prisão estadual.
Além do assassinato nos EUA, cometido em 2021, Cavalcante é acusado de outro homicídio no Brasil; a Justiça do Tocantins marcou o júri do caso para o mês que vem.
Nesta quinta-feira (14), o Café da Manhã conta como um criminoso brasileiro conseguiu fugir por duas semanas da polícia americana. A repórter Fernanda Perrin, correspondente da Folha nos EUA, explica por que essa história repercutiu muito além de um bucólico condado da Pensilvânia.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Carolina Moraes, Laila Mouallem e Victor Lacombe. A edição de som é de Thomé Granemann.