A guerra entre Israel e Hamas tem nas redes sociais um front bem estabelecido. Cidadãos dos dois lados, mas também canais oficiais e de governo usam as plataformas para dar relatos em tempo real do que acontece em campo, reforçar narrativas e fazer acusações.
Imagens dos terroristas do Hamas promovendo massacres e sequestros foram parar nas redes, assim como cenas de ataques israelenses em Gaza e do cerco ao território.
No caso recente do ataque a um hospital, Israel chegou a postar um vídeo para acusar o Jihad Islâmico pela explosão —a cena foi apagada depois de um jornalista apontar inconsistências, e outras cenas, da rede Al Jazeera, passaram a ser propagadas. O Hamas, segundo o jornal The New York Times, usou as contas de reféns israelenses para publicar mensagens violentas, ameaças e sessões de tortura.
Os usuários das plataformas acabam entrando nessa disputa, em que desinformação e cenas de brutalidade alimentam um cenário de polarização. Na União Europeia, onde uma lei recém-aprovada estabelece a regulação dessas empresas, autoridades cobraram esclarecimentos delas.
No episódio desta sexta-feira (20), o Café da Manhã trata do uso das redes sociais em meio à guerra. A jornalista Cristina Tardáguila analisa de que forma elas viraram parte da estratégia política e militar e discute como fazer um uso crítico e seguro da internet nesse contexto. Tardáguila é fundadora da Agência Lupa e pesquisadora de desinformação no Instituto Equis (EUA).
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelas jornalistas Magê Flores e Gabriela Mayer, com produção de Carolina Moraes e Victor Lacombe. A edição de som é de Thomé Granemann.