Baleeiros da Islândia mataram as duas primeiras baleias da temporada, noticiou a imprensa local nesta quinta-feira (7), apenas uma semana depois de o governo islandês autorizar novamente esta prática polêmica.
Dois barcos da empresa Hvalur, a última que ainda caça baleias na ilha, arpoaram um cetáceo cada um e sua volta ao porto está prevista para esta sexta-feira (8).
A Islândia é, juntamente com o Japão e a Noruega, um dos únicos países do mundo onde a caça de baleias é permitida.
O governo finlandês tinha suspendido a prática em junho, durante dois meses, mas no fim de agosto voltou a autorizá-la a partir de 1º de setembro, uma decisão muito criticada pelos grupos de defesa dos direitos dos animais.
O Executivo islandês tinha decidido suspender a caça após a publicação de um relatório solicitado pelas mesmas autoridades, que concluiu que a atividade não estava em conformidade com a lei nacional de bem-estar animal.
O documento, elaborado por veterinários, considerou que a morte dos cetáceos é lenta demais. Em vídeos divulgados recentemente, é possível ver a agonia de uma baleia caçada no ano passado, que durou cinco horas.
Para justificar a nova autorização, o Ministério da Agricultura e Pesca considerou, em nota, que existe base para “mudar os métodos de caça, que propicie menos irregularidades e, portanto, uma melhora do ponto de vista do bem-estar animal”.
As cotas anuais permitem a caça de 209 baleias-comuns e 217 baleias-de-minke, mas, nos últimos anos, as capturas foram muito inferiores, devido à demanda menor por carne de baleia.