A morte de Fernanda Silva Valoz da Cruz Pinto, de 27 anos, agora é tratada como homicídio
Após a conclusão do laudo toxiocológico, a Polícia Civil começou a tratar o caso de envenenamento e morte da jovem Fernanda Silva Valoz da Cruz Pinto, de 27 anos, como homicídio e a investigação foi transferida do 1º DP da Capital para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
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De acordo com o delegado Lucimério Campos, nesta quinta-feira (28), equipes da DHPP foram até o Centro da cidade para localizar câmeras de monitoramento e encontrar imagens de Fernanda naquele dia. O objetivo é identificar se a jovem consumiu outros alimentos e identificar as pessoas que ela teve contato.
“Queremos saber se realmente foi envenenamento por causa do bombom ou se ela passou em outro local e consumiu outra comida, já que há a possibilidade de ela ter sido envenenada de outra forma, uma vez que o laudo não diz qual foi o alimento que tinha essa substância. O laudo só diz que existia aquele produto químico que causou o envenenamento, mas cabe a investigação descobrir se realmente foi um bombom ou algum outro alimento”, pontuou Campos.
O delegado explicou que outras diligências serão feitas e a família da jovem será ouvida nos próximos dias. “Temos um intervalo de tempo transcorrido grande, até em relação às imagens, mas há outras formas de a Polícia conseguir esclarecer os pontos necessários para que a gente dê um encaminhamento. Tudo está sendo levado em consideração e certamente a família vai trazer mais informações importantes”, afirmou.
Quem tiver mais informações que possam ajudar a Polícia, deve entrar em contato por meio do Disque Denúncia – 181, a ligação é gratuita e o sigilo é garantido.
O caso – Fernanda Silva Valoz da Cruz Pinto, de 27 anos, morreu no dia 3 de agosto após apresentar dores estomacais, vômito, sangramento pelo nariz, e salivação excessiva expelida pela boca. Ela precisou ser internada em um hospital particular da Capital alagoana e morreu durante a madrugada.
A família registrou um boletim de ocorrência na Central de Flagrantes e afirmaram que ela teria comido um bombom dado por uma cigana que tinha lido a mão dela, no Centro de Maceió.
Fernanda sofria de úlcera e gastrite, cujos sintomas podem ser semelhantes a casos de intoxicação alimentar, mas como a família tinha suspeita de um possível envenenamento intencional, o óbito foi registrado como morte a esclarecer, sendo o corpo dela transferido do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) para o Instituto Médico Legal (IML) da Capital.
Nessa quarta-feira (27), a Polícia Científica divulgou o resultado dos exames de toxicologia, realizados pelo Instituto de Criminalística (IC), que concluiu que a morte da jovem foi causada por envenenamento.