Aos 62 anos, uma moradora de Três Pontas (MG) realiza o sonho de ser mãe novamente. Com 26 semanas de gestação, ela e o marido contam com o apoio da família e a ajuda da medicina para trazer ao mundo o Caio, que já é esperado com muita alegria.
Beatriz e Eder estão juntos há 7 anos. Eles se casaram em maio deste ano, mas há um bom tempo carregam o grande sonho de serem pais.
“A imagem que vem é a gente educando ele para ser um cidadão de bem no futuro e curtir também a infância dele junto com a gente, fazer passeios, brincar”, disse o pai da criança, Eder Fernandes Barbara.
Perto da chegada do Caio, aos poucos o “cantinho” do mais novo integrante da família vai ganhando forma.
“A gente escolheu vários modelinhos, mas aí eu gostei do mais simples, que era justamente o pedacinho assim azul e a outra com parte mais clarinho, para a gente colocar as prateleiras com os brinquedinhos, porque pensando assim, vai crescer, menino, não vai ficar sempre bebê”, contou a mãe, Beatriz Souza de Castro Barbara.
Fertilização – Beatriz já é mãe de dois filhos: da Anita e do Dayvis. Agora, se prepara para dar à luz ao terceiro. Foi pouco mais de um ano de tratamento com especialistas e o processo de fertilização in vitro por ovodoação.
O caso dela é considerado pelos médicos como uma gravidez tardia, que é quando mulheres acima dos 35 anos iniciam uma gestação.
Para quem decide ter um bebê nessa faixa etária ou acima, é preciso muito planejamento e também redobrar os cuidados com a saúde.
“Tratamento é multidisciplinar. Obstetra, fisioterapeuta, nutricionista, muito exame de imagem e um controle rigoroso da saúde dessa mulher”, afirmou Marcos Megda, médico obstetra.
Números do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) mostram que em 20 anos, a quantidade de mulheres que engravidaram com mais de 35 anos cresceu no Brasil, passando de 9,1% em 2000 para 16,5% em 2020.
Para o médico obstetra, dois fatores explicam essa alta. “As mulheres estão engravidando mais tarde por questão de agenda financeira, econômica e até com o parceiro. Bem que tem a medicina, os avanços da medicina, principalmente da fertilização, aumentou muito ultimamente”, comentou o médico.
Por outro lado, a fecundidade entre mulheres de 20 a 34 anos, que em 2000 representava 67,4% dos nascimentos, caiu para 57,8% em 2020, indicando uma redução de quase 10%.
Esses dados confirmam que as mulheres brasileiras estão adiando a maternidade, com a idade média para ter filhos se tornando mais avançada.
Nascimento do bebê – A previsão é que a mamãe Beatriz dê à luz em fevereiro. Até lá, haja coração para aguentar a ansiedade do casal e da família. A Anita, irmã do caio, que o diga.
“Vou brincar muito, vou cuidar muito. Vou ser uma irmã mais velha e uma mãezona também. Uma tia, uma madrinha, tudo junto ao mesmo tempo. A gente quer muito que ele venha com muita saúde e seja muito feliz”, afirmou a irmã Anita de Castro Mendonça.
“Na mesma hora que eu soube que ela estava grávida, desde ali pela primeira vez e o meu coração já o amor já transformou. Eu amo muito o Caio”, completou a avó Sueli Silva Fernandes Barbara.