O motor de um Boeing 747-400 da companhia Terra Avia, de Moldova, que partia da Indonésia rumo a Medina, na Arábia Saudita, pegou fogo durante a decolagem na quarta-feira (15) e precisou retornar à pista para fazer um pouso de emergência no Aeroporto Internacional Sultan Hasanuddin. Ninguém ficou ferido.
O avião fazia um voo da aérea Garuda Indonesia e transportava 468 pessoas, entre passageiros e tripulação. Dentre eles havia peregrinos que iriam para Meca, cidade saudita sagrada para os muçulmanos.
Imagens postadas nas redes sociais, que não puderam ser verificadas pela AFP, mostram que, no momento da decolagem, o motor quatro (externo do lado direito) teve um forte barulho de estouro, seguido por chamas.
A aeronave retornou imediatamente ao aeroporto depois que “foi observado incêndio em um dos motores”, disse um porta-voz da Garuda Indonesia ao tabloide britânico The Sun.
O presidente da companhia, Irfan Setiaputra, disse que o capitão percebeu o incidente e decidiu que era necessária uma inspeção adicional para determinar se o motor estava com defeito. Ao The Sun a companhia aérea disse que forneceu acomodação para os passageiros afetados.
PROBLEMAS CONSTANTES
A Boeing tem registrado alguns incidentes neste ano. Em janeiro, o painel de uma janela de um avião da Alaska Airlines do modelo 737 Max 9 se rompeu durante o voo, obrigando a aeronave com 171 passageiros e seis tripulantes a reduzir sua altitude e fazer um pouso de emergência.
Imagens nas redes sociais mostraram passageiros utilizando máscaras de oxigênio e um dos painéis da lateral esquerda do avião aberto. Não houve feridos no episódio, e relatos apontam que o assento ao lado do painel que se soltou estava desocupado.
Em junho do ano passado, um Boeing 717 operado pela Delta Airlines pousou sem o trem de pouso dianteiro em Charlotte, na Carolina do Norte (EUA), em incidente posteriormente atribuído a um componente quebrado.
A Boeing tem sido foco de atenção de agências regulatórias devido a uma série de outros incidentes em seus modelos menores 737.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos determinou na terça-feira (14) que a fabricante violou um acordo de 2021 relacionado a problemas com o modelo 737 Max da empresa que levaram a dois acidentes em 2018 e 2019.