Mísseis israelenses atingiram um local no Irã, informou a rede americana ABC News na noite de quinta-feira (18), citando uma autoridade do governo americano. Ainda não há confirmação oficial, nem de Tel Aviv, nem de Teerã sobre um ataque ou autoria.
Se confirmada, a ação ocorre após o Irã ter lançado no último sábado (13) um ataque sem precedentes contra Israel em resposta ao bombardeio à embaixada iraniana em Damasco, na Síria, que matou membros da Guarda Revolucionária do Irã, em 1º de abril —o regime iraniano responsabiliza Tel Aviv, que não assumiu autoria de forma explícita.
De acordo com a agência de notícias iraniana Fars foram ouvidas explosões em um aeroporto na cidade de Isfahan (330 km ao sul de Teerã) mas não foi possível reconhecer a causa imediatamente. A mídia estatal iraniana afirma que voos foram suspensos e desviados no país, incluindo em Isfahan.
À Reuters, uma fonte do Irã diz que Teerã ativou o sistema de defesa aérea em Isfahan para repelir outros ataques israelenses.
No fim de semana, o Irã lançou centenas de drones e mísseis de território iraniano em direção a Israel. A maioria dos armamentos foi derrubada antes de atingir o território israelense por Tel Aviv e aliados, como Washington.
No Conselho de Segurança das Nações Unidas nesta quinta-feira, o Irã disse que Israel “deve ser compelido a interromper qualquer outra aventura militar contra nossos interesses”.
Israel havia dito que iria retaliar o ataque de mísseis e drones do Irã em 13 de abril, mas não havia consenso, ao menos publicamente, no gabinete de guerra comandado pelo primeiro-ministro Binyamin Netanyahu sobre o escopo do ataque —ou quando e onde ele ocorreria.
Um comandante da Guarda Revolucionária Iraniana anunciou nesta quinta que o país iria rever a doutrina nuclear se Israel respondesse ao ataque inédito feito por Teerã. O processo de enriquecimento do urânio conduzido pela nação persa levanta preocupações da comunidade internacional, embora autoridades locais digam que os fins são “estritamente pacíficos”.