A Lituânia não encontrou evidências de terrorismo ou sabotagem em sua investigação sobre a queda de um avião de carga da gigante postal alemã DHL, perto do aeroporto de Vilnius, disseram promotores nesta terça-feira (26). Um dos pilotos morreu no acidente.
O voo, operado pela companhia aérea espanhola Swiftair em nome da DHL, havia decolado de Leipzig, na Alemanha, antes de cair por volta das 5h30 pelo horário local (0h30 de Brasília).
As caixas-pretas da aeronave contendo dados de voo e gravadores de voz foram encontradas, e os investigadores estão se preparando para examinar o material, disse o governo posteriormente em comunicado.
A ministra das Relações Exteriores alemã, Annalena Baerbock, chegou a afirmar que poderia ter sido um acidente ou um ataque híbrido em “tempos voláteis”.
O escritório do procurador-geral da Lituânia conduz uma das duas investigações oficiais sobre a queda do Boeing 737-400 —uma aeronave originalmente de passageiros convertida em cargueiro.
“Nossas informações iniciais não indicam que precisamos investigar ações mais sérias”, disse o procurador Arturas Urbelis em comunicado. “Poderemos encontrar sinais de atividades de outros tipos à medida que nos aprofundarmos.”
O avião caiu em uma casa onde moravam três famílias. Todos sobreviveram. A polícia informou que 12 pessoas foram retiradas da área atingida pela aeronave.
De acordo com os relatos, o Boeing atingiu o solo e deslizou por pelo menos cem metros antes de colidir com a residência, que fica a poucos quilômetros do centro de Vilnius, a capital do país.
Em agosto, no mesmo centro de distribuição da DHL em Leipzig de onde saiu a carga do avião acidentado nesta segunda, um pacote provocou um princípio de incêndio na instalação, que é um hub global da empresa.
À época, a polícia federal alemã fez um alerta sobre “dispositivos incendiários não convencionais” que estariam sendo enviados de forma anônima por serviços de correio. Episódios semelhantes foram registrados na Inglaterra e na Polônia.
Serviços de inteligência da Alemanha e de outros países europeus trabalham há meses com a hipótese desse tipo de ataque proveniente da Rússia. O envio de pacotes incendiários seria parte dessa estratégia.