O Itamaraty vem realizando tratativas com o governo do Líbano para garantir que o comboio de brasileiros que será repatriado chegue com segurança ao aeroporto de Beirute.
Diferentemente da operação ocorrida em Gaza no ano passado, quando foi necessário dialogar com lideranças do Hamas, que controla o território, desta vez não foi preciso conversar com o Hezbollah, que tem peso político, mas não administra o Líbano.
O governo fez questão de adotar todas as medidas necessárias para que a rota seja percorrida de forma segura.
O chanceler Mauro Vieira abordou o assunto pessoalmente com seu homólogo libanês, Abdallah Bou Habib, no sábado (28), em Nova York, e depois por ligação telefônica realizada na noite de segunda-feira (30). A Embaixada do Brasil no Líbano também dialoga com autoridades locais para garantir o apoio.
A expectativa é que sejam usados cerca de cinco ônibus para levar brasileiros estabelecidos em Beirute e no vale do Bekaa até o aeroporto da capital do país, onde um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) deverá aguardá-los a partir de sexta-feira (4).
O primeiro voo deve repatriar 220 brasileiros que vivem no Líbano. Diplomatas afirmam que a lista só será considerada fechada quando o avião decolar, já que pode haver desistências —nesse caso, há uma lista de espera para o preenchimento de eventuais novas vagas.
A primeira leva de passageiros incluirá as chamadas prioridades, como idosos, mulheres, gestantes, crianças e pessoas com necessidades especiais.
A logística do governo brasileiro também prevê a preservação dos núcleos familiares, evitando separações entre aqueles que serão beneficiados com a operação.
Por ora, ainda não há registro de solicitação de transporte de pets para o Brasil.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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