A Justiça de Alagoas decretou a prisão do pai da menina Maria Katharina Simões da Costa, de apenas 10 anos, que foi encontrada enforcada no estábulo da família, em Palmeira dos Índios, no interior de Alagoas, em julho deste ano. A prisão foi decretada após o Ministério Público de Alagoas oferecer denúncia contra ele.
Na acusação, o MP-AL cita que o pai da menina teria promovido, por diversas vezes, castigos severos com emprego de violência contra a vítima, o que teria causado sofrimento no ambiente familiar. As investigações da Polícia Civil de Alagoas concluíram que Katharina teria cometido suícidio.
“Apuramos que, em decorrência do sofrimento e dos maus-tratos, a criança não suportou e foi induzida ao suicídio. Um fato aterrorizante, pois a vítima tinha apenas 10 anos. Comprovadamente, o pai era violento, como é sabido, ao ponto de deixá-la pernoitar no estábulo, ao relento, sem a menor proteção. O Ministério Público entende que ele não pode ficar impune e quer, apenas, que ele seja responsabilizado pelos crimes cometidos”, disse o promotor de Justiça Luiz Alberto.
O CASO
- As possíveis circunstâncias da morte precoce da menina Maria Katharina Simões da Costa, de apenas 10 anos, encontrada enforcada no estábulo da família, intigraram a população de Palmeira dos Índios, interior de Alagoas, onde a menina vivia com a família;
- Maria Katharina tinha sido deixada em casa, uma propriedade rural no Povoado Moreira, sozinha, enquanto os pais socorriam um irmão menor da menina à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. Os irmãos estariam brincando horas antes no estábulo, quando o menino se feriu e os pais o levaram para o médico. Ao retornar, a família já encontrou a menina enforcada;
- Depois de ter sido encontrada enforcada, a menina também foi levada à UPA de Palmeira, mas já chegou na unidade hospital ar sem vida;
- O corpo de Maria Katharina foi necropsiado no Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca, e a causa da morte informada pela Perícia Oficial foi enforcamento;
- A Polícia Científica de Alagoas realizou uma reprodução simulada do caso. O laudo da perícia apontou que era possível a menina cometer suicídio.