Um tribunal de apelações dos Estados Unidos concedeu autorização temporária nesta quinta-feira (7) para que o governo do Texas mantenha uma barreira flutuante no Rio Grande que busca impedir travessias ilegais de imigrantes vindos do México.
Na véspera, um juiz havia ordenado que o governador Greg Abbott removesse as boias equipadas com estruturas cortantes. Em julho, o Departamento de Justiça, que responde ao presidente Joe Biden, processou o Texas argumentando que as boias colocam em perigo os migrantes e prejudicam as operações da Patrulha de Fronteira no rio.
Com a nova decisão, as autoridades do Texas não precisam mais tomar atitudes imediatas para retirar a barreira até que uma decisão judicial definitiva seja anunciada. O gabinete do governador havia dito estar “preparado para levar esta batalha até a Suprema Corte dos EUA“.
Abbott, líder republicano que tem ampliado ações anti-imigração, parecia ansioso pela disputa judicial para criar uma barreira ao longo da fronteira. Em uma carta endereçada a Biden em julho, o governador argumentou que tinha o direito legal de fazê-lo, em parte devido a uma cláusula na Constituição dos EUA que trata dos poderes estaduais durante uma “invasão”.
O governador afirma que a operação estadual tem como objetivo lidar com o grande número de migrantes que chegam aos Estados Unidos fora dos portos de entrada legais, diante do que ele e outros republicanos dizem ser uma fiscalização de fronteira inadequada pela administração Biden.
As operações do governo do Texas se tornaram alvo de críticas em julho após o vazamento de um email de um agente de fronteira alegando que as autoridades do estado haviam dado ordens para empurrar crianças imigrantes de volta para o rio e negar água para migrantes sob o calor extremo.