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Itália: Sindicato ameaça ‘virar país de cabeça para baixo’ – 29/11/2024 – Mundo

Milhares de trabalhadores fizeram greve na Itália, nesta sexta-feira (29), que interrompeu operações do tráfego aéreo e do transporte público, além de atividades em escolas e hospitais. O ato foi organizado pelos maiores sindicatos do país em protesto ao plano orçamentário apresentado pelo governo da primeira-ministra, Giorgia Meloni, que prevê cortes de gastos sociais.

A Confederação Geral dos Trabalhadores Italianos (CGIL), o maior sindicato italiano, declarou oposição aos cortes planejados nos gastos com seguridade social, serviços públicos e investimentos. A União Italiana do Trabalho (UIL), por sua vez, também exige novas medidas de segurança relacionadas ao trabalho.

“É hora de virar este país de cabeça para baixo porque as injustiças atingiram um nível que não é mais tolerável”, disse Maurizio Landini, que lidera o CGIL, durante manifestação em Bolonha.

A CGIL e a UIL disseram em declaração conjunta que mais de 70% dos trabalhadores tinham paralisado suas atividades, e milhares de pessoas, participado de 43 atos em todo o país contra as políticas do governo. “As praças estão cheias, o que mostra que estamos no caminho certo”, disse Landini.

A imprensa italiana relatou confrontos entre a polícia e manifestantes em Turim, no norte do país, onde estudantes e ativistas ocuparam os trilhos de uma das principais estações de trem da cidade.

Os protestos desafiam o governo Meloni, que lida com reações contrárias aos esforços para reduzir os gastos com o objetivo de alinhar as finanças da Itália às regras da União Europeia.

O governo aprovou no mês passado o orçamento com a previsão de € 24 bilhões (R$ 153,4 bilhões) em novos gastos para financiar promessas de campanha de Meloni. As medidas serão financiadas com cortes de despesas públicas, incluindo contribuições sociais para pessoas de renda média e baixa.

Embora a greve estivesse inicialmente programada para durar um dia inteiro, o ministro dos Transportes, Matteo Salvini, assinou esta semana uma liminar limitando a paralisação a quatro horas para o setor de transportes, a fim de limitar os transtornos.

Os demais setores foram autorizados a paralisar durante toda a jornada de trabalho de 8 horas, enquanto as ferrovias e os serviços de frete foram excluídos da greve.

Fonte: Folha de São Paulo

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