O Exército de Israel afirmou neste domingo (15) que é “muito provável” que três reféns israelense tenham sido mortos em novembro devido a um bombardeio à Faixa de Gaza, de acordo com resultados de uma investigação.
“Os resultados da investigação sugerem que é muito provável que os três tenham morrido após um bombardeio do Exército […] em 10 de novembro de 2023”, informou um comunicado.
Em dezembro, o Exército recuperou na Faixa de Gaza os restos mortais dos soldados Nik Beizer e Ron Sherman, e do franco-israelense Elia Toledano, onde haviam sido mantidos em cativeiro.
O Exército afirmou que eles morreram durante a operação que tinha como alvo o comandante da brigada norte do Hamas, Ahmed Ghandour —e que desconhecia informações de que os reféns estavam na mesma instalação.
“A investigação indica que os três reféns estavam detidos em um complexo subterrâneo de onde Ghandour operava”, acrescentou o comunicado.
O Hamas confirmou no final de novembro que o Exército israelense havia matado Ahmed Ghandour.
Uma pessoa próxima da família de um dos três reféns confirmou à agência de notícias AFP que foi informada dos resultados dessa investigação horas antes da publicação do comunicado.
Também neste domingo, o papa Francisco manifestou sua solidariedade com os familiares de outros seis reféns israelenses cujos corpos foram encontrados na Faixa de Gaza no início deste mês. O pontífice afirmou ter conhecido a mãe de um deles.
Os seis estavam entre os 251 sequestrados pelo Hamas em Israel no ataque de 7 de outubro, que desencadeou a guerra atual. Um total de 97 reféns permanecem detidos na Faixa de Gaza.
“Penso em Hersh Goldberg-Polin, encontrado morto em setembro, junto com outros cinco reféns, em Gaza. Em novembro do ano passado, conheci sua mãe, Rachel, que me impressionou com sua humanidade. Rezo pelas vítimas e permaneço próximo de todas as famílias dos reféns”, acrescentou.
Goldberg-Polin tinha 23 anos quando foi sequestrado em um festival de música eletrônica. Ele enviou uma mensagem para sua mãe Rachel dizendo “eu te amo”, seguida de outra dizendo “sinto muito”. Um vídeo divulgado pelo Hamas naquele dia mostrou o jovem sendo colocado em uma caminhonete sem parte do braço esquerdo.