A integração entre as forças policiais do estado, aliada a um trabalho técnico apurado, foi responsável pela elucidação de um homicídio em Alagoas. O dia era 30 de outubro deste ano. Por volta de 20 horas e 35 minutos, as forças de segurança do estado receberam um chamado para um achado cadavérico, em um canavial…
A integração entre as forças policiais do estado, aliada a um trabalho técnico apurado, foi responsável pela elucidação de um homicídio em Alagoas. O dia era 30 de outubro deste ano. Por volta de 20 horas e 35 minutos, as forças de segurança do estado receberam um chamado para um achado cadavérico, em um canavial na BR 424, zona rural do município de Santa Luzia do Norte. Equipes das Policiais Militar e Cientifica se dirigiram para o local para realizar os primeiros levantamentos de um crime de homicídio.
José Veras, perito criminal do Instituto de Criminalística da Polícia Científica do Estado de Alagoas, foi o responsável pela perícia no local. Ele explicou que a vítima do sexo masculino, sem identificação, estava em avançado estado de putrefação, com lesões produzidas por projéteis de arma de fogo na lateral esquerda do tronco, na face anterior do terço superior do braço esquerdo e na face anterior do terço médio do antebraço direito.
Durante a perícia, José Veras, diante da exiguidade dos vestígios como manchas de sangue, afirmou que a ação do homicídio aconteceu em outro local não identificado naquele momento. No outro dia, o delegado Thiago Prado entrou em contato com o perito e após uma conversa a respeito do caso, eles chegaram a mesma conclusão; tratava-se de uma desova.
“Depois de aproximadamente uma hora, o delegado solicitou a nossa equipe para um levantamento técnico-pericial em local de coleta de vestígios numa residência situada no Bairro Cidade Universitária, parte alta de Maceió. Quando eu e o auxiliar de perícia José Ulisses chegamos ao local relacionado ao homicídio, foram encontrados vários elementos materiais de interesse criminalístico que indicavam ter acontecido nesse local o crime. Também, utilizei o luminol para vestígios de sangue latente, tendo como reação positiva na sala dessa residência”, explicou o perito.
A partir dos exames nos dois locais, no canavial e na residência, o perito criminal José Veras preparou os dois laudos periciais e encaminhou para a DHPP. Os documentos foram elogiados por Thiago Prado, que após receber os laudos, concluiu o caso e enviou para o Poder Judiciário pedindo a prisão do autor do crime. “Foi um belíssimo trabalho realizado pelo Instituto de Criminalística, pelo apoio e pela competência nesse caso”.
Veras destacou que esse foi um trabalho que enfatizou a importância da interação das polícias no combate à impunidade. Através da troca de informações entre as polícias Civil e Científica, foi possível chegar à mesma conclusão no caso da desova da vítima no município de Santa Luiz do Norte e na coleta de vestígios na residência no Bairro Cidade Universitária.
“Fizemos uma varredura dos vestígios visíveis e utilizamos o luminol para manchas de sangue latente. Tivemos sucesso ao encontrarmos esses vestígios. Isso foi muito importante para elucidação do caso. Eu quero estender a fala do Delegado Thiago Prado ao amigo Auxiliar de Perícia José Ulisses, que com grande competência, foi muito importante nesse levantamento”, ressaltou José Veras.