A polícia da Índia libertou na quarta-feira (31) uma pomba que passou oito meses detida sob a suspeita de atuar como espiã para a China. A ave ficou trancada e vigiada em um hospital enquanto as autoridades investigavam seus possíveis laços com Pequim.
A pomba havia sido capturada na cidade de Mumbai com mensagens escritas em suas asas numa caligrafia semelhante à chinesa, segundo o jornal Times of India.
“Inicialmente, a polícia abriu um caso de espionagem contra o pássaro, mas, depois de concluir a investigação, as autoridades retiraram a acusação”, diz a publicação. Não foram encontrados indícios de que a pomba estivesse a serviço do PCC (Partido Comunista Chinês).
O processo motivou críticas de organizações que atuam em defesa dos direitos animais. A ONG Peta (sigla em inglês para Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais) chamou de “surpreendente” a duração de oito meses das investigações.
Outras aves já haviam sido detidas na Índia sob suspeita semelhante. Agentes de segurança capturaram uma pomba em 2016 após descobrirem que a ave transportava uma mensagem com ameaças ao primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, perto da fronteira do país com o Paquistão.
Outra pomba foi detida também na região fronteiriça, em 2010, após ser encontrada com um anel na pata e um número de telefone e endereço paquistaneses escritos em seu corpo com tinta vermelha. Neste caso, as autoridades ordenaram que ninguém fosse autorizado a visitar a ave, que, segundo a polícia, poderia estar em uma “missão especial de espionagem”.