Um homem morreu depois de atear fogo a si mesmo nesta sexta-feira (20), em frente ao tribunal de Nova York onde ocorre o julgamento criminal do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Segundo a polícia local, ele foi retirado em uma maca em estado crítico após o incidente.
O homem queimou durante vários minutos à vista das câmeras de televisão instaladas fora do tribunal. Ele tinha quase 30 anos e ficou em estado crítico, segundo as autoridades.
A NBC News e outros veículos de comunicação dos EUA informaram na manhã deste sábado (21) que o homem havia morrido. Segundo a NBC News, a polícia de Nova York disse que o hospital para onde o homem foi levado o declarou morto.
Testemunhas disseram que o homem tirou panfletos de uma mochila e os jogou para cima antes de se encharcar com um líquido e atear fogo em si próprio —o que fez com que um cheiro de fumaça se espalhasse pela praça. Um desses folhetos incluía referências a “bilionários malvados”, mas aparentemente sem nenhuma menção a Trump.
Segundo Tarrik Sheppard, vice-comissário da polícia de Nova York, ele não parecia ter Trump ou outros envolvidos no julgamento como alvo. “No momento, estamos rotulando-o como uma espécie de teórico da conspiração e vamos continuar a partir daí”, disse.
A cena aconteceu logo após o tribunal terminar de selecionar os 12 jurados titulares, além dos seis suplentes. Essas são as pessoas que avaliarão as provas em um julgamento inédito para determinar se o ex-presidente dos EUA é culpado de violar a lei.
Trump responde à acusação de, durante a campanha eleitoral de 2016, ter comprado o silêncio de uma atriz pornô com quem teria tido um relacionamento. O ex-presidente diz ser inocente e nega que tenha se relacionado com Stormy Daniels. Na segunda-feira (11), ele afirmou ser vítima de perseguição política.