A gestão do aeroporto internacional do Galeão, na zona norte do Rio de Janeiro, projeta aumento nas operações do terminal durante a programação na cidade do G20 –o bloco das maiores economias do mundo.
De quinta-feira (14) a quarta (20), a previsão é de 326 mil passageiros no aeroporto, uma alta de 68% em relação ao mesmo intervalo do ano passado, segundo a concessionária RIOgaleão.
Ainda de acordo com a empresa, 2.000 voos são esperados nesse intervalo, um crescimento de 87% ante 2023. “O RIOgaleão informa que está preparado para a demanda prevista para o G20”, afirmou a companhia em nota.
A concessionária disse que reformou o espaço para recepção das delegações e reforçou as equipes de limpeza e manutenção, além de solicitar frota extra de táxis e carros de aplicativos no período do evento.
A cúpula de chefes de Estado do G20 está agendada para segunda (18) e terça (19) no MAM Rio (Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro).
A programação na cidade, contudo, já começa nesta quinta (14), na zona portuária. O local sediará o G20 Social, com participação de entidades da sociedade civil, e o U20, encontro de prefeitos das maiores economias do mundo.
O Galeão é o maior aeroporto carioca. Está localizado na ilha do Governador, a cerca de 20 quilômetros do MAM.
Durante a cúpula do G20, o aeroporto vai absorver as operações do segundo maior terminal da cidade, o Santos Dumont, que estará fechado nos dias 18 e 19.
Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos e a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o fechamento atende a uma solicitação da Prefeitura do Rio.
Os órgãos federais associaram a medida à “necessidade de garantir segurança” para a realização da cúpula do G20. O Santos Dumont é vizinho do MAM Rio.
A suspensão temporária dos voos seria necessária diante das restrições de mobilidade nas proximidades do museu, localizado a cerca de 550 metros do aeroporto.
A gestão do prefeito Eduardo Paes (PSD) tem como uma das bandeiras a retomada do Galeão, que passou por esvaziamento intensificado na pandemia.
Para a recuperação do aeroporto internacional, o município defendeu a adoção de restrições a voos no Santos Dumont, que só opera rotas nacionais.
Essa política, segundo analistas, resultou em um aumento nas operações no Galeão nos últimos meses.