França e Reino Unido realizaram nesta segunda-feira (8) uma troca de guarda em conjunto no Palácio de Buckingham, em Londres, e no do Eliseu, sede da Presidência francesa em Paris. A ação ocorreu pelo 120º aniversário da Entente Cordiale, acordo de cooperação assinado pelos dois países após as guerras napoleônicas em 1904.
Os soldados franceses se tornaram os primeiros militares de um país não pertencente à Commonwealth —grupo de 56 nações ligadas ao antigo Império Britânico— a participar da troca de guarda em Londres. Eles se apresentaram em frente ao Palácio de Buckingham, a residência oficial do rei Charles III, na presença dos duques de Edimburgo, o príncipe Edward e sua esposa Sophie.
Granadeiros da Casa Real britânica participaram da cerimônia no Palácio do Eliseu, em Paris, sob olhar do presidente Emmanuel Macron e da embaixadora britânica, Menna Rowlings.
Em um vídeo publicado na rede social X, Macron qualificou a Entente Cordial como a “base” de sua relação bilateral após o Reino Unido deixar a União Europeia e a “guerra voltar” à Europa, em referência ao conflito na Ucrânia.
“Mesmo depois do Brexit e com o regresso da guerra à Europa, esta Entente Cordiale é de alguma forma a pedra angular que nos permite manter a relação bilateral”, disse Macron no X, antigo Twitter. “Viva a entente cordial e a amizade franco-britânica”, completou.
Dezesseis membros da companhia número 7 da Coldstream Guards da embaixada britânica, com seu gorro alto de pele, substituíram seus homólogos franceses do 1º Regimento de Infantaria. Em seguida, o coral das Forças Armadas da França cantou os hinos nacionais da França e o Reino Unido.
“Devemos fazer ainda mais para garantir a derrota da Rússia. O mundo nos observa e nos julgará se fracassarmos”, escreveram o chanceler francês, Stéphane Séjourné, e seu colega britânico, David Cameron, no jornal The Telegraph.
Assinado em 1904, a Entente Cordiale melhorou as relações entre França e Reino Unido após as guerras napoleônicas e é considerada a base da aliança entre estes dois membros da Otan e potências nucleares.