A Folha começa nesta segunda-feira (15) a série “A Vida na Ucrânia”, que trará reportagens apuradas in loco sobre um cotidiano em estado de guerra.
O longo conflito do país com a Rússia atingiu um novo patamar em 24 de fevereiro de 2022, quando o Kremlin deflagrou seu ataque a terras ucranianas pelo flanco oriental.
Foi a escalada militar de um impasse que já durava boa parte do período pós-União Soviética, quando a Ucrânia se tornou um país independente da Rússia.
A Moscou comandada por Vladimir Putin intensificou suas tentativas de reanexar o território, que abriga mais de 40 milhões de pessoas, com a invasão da Crimeia em 2014. Desde então, a Ucrânia considera que os dois países estão em guerra.
O país presidido pelo ex-comediante Volodimir Zelenski tem conseguido resistir às investidas mesmo com a diferença abissal de poderio de suas Forças Armadas em relação às russas.
Boa parte disso se explica pelo apoio de potências do Ocidente à Ucrânia —de fato, um dos estopins usados de justificativa para a invasão russa foi a aproximação do país com a Otan, a aliança militar ocidental liderada pelos Estados Unidos.
Mesmo assim, a guerra total entrou em seu terceiro ano com clima de fadiga e encolhimento da atenção internacional, sem que Putin arrefecesse suas investidas nem que se chegasse perto de um acordo de paz.
A série vai retratar, em textos, fotos e vídeos, como os anos de conflito afetaram a vida social e cultural dos ucranianos, quais são as perspectivas atuais da guerra e como é viver uma rotina sob ameaça em um país em deflagração total.