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HomeMundoFaculdade de Harvard deixa de exigir projeto pró-inclusão - 04/06/2024 - Mundo

Faculdade de Harvard deixa de exigir projeto pró-inclusão – 04/06/2024 – Mundo

A Faculdade de Artes e Ciências da Universidade Harvard informou nesta segunda-feira (3) que deixará de exigir aos candidatos a cargos no corpo docente que escrevam declarações sobre diversidade, inclusão e pertencimento durante o processo seletivo.

Nas declarações, os candidatos tinham de explicar como poderiam melhorar o compromisso da instituição com a diversidade.

Com a mudança, eles terão de sugerir “esforços para fortalecer comunidades acadêmicas” e discutir como promoveriam um “ambiente de aprendizado no qual os alunos são incentivados a fazer perguntas e compartilhar suas ideias”, segundo Nina Zipser, decana de assuntos e planejamento docente.

A decisão representa uma ruptura nas práticas da universidade e ocorre menos de seis meses depois que Claudine Gay, a primeira reitora negra da instituição, renunciou em meio a acusações de plágio e de que a universidade não estava fazendo o suficiente para combater o antissemitismo no campus.

Harvard disse em comunicado que a Faculdade de Artes e Ciências “expandiu sua abordagem para aprender sobre os candidatos considerados para nomeações acadêmicas, solicitando declarações de serviço mais amplas e robustas como parte do processo de contratação”.

A abordagem atualizada, de acordo com a instituição, “reconhece as muitas maneiras pelas quais os professores contribuem para fortalecer as comunidades acadêmicas, incluindo esforços para aumentar a diversidade, inclusão e pertencimento”.

A universidade acrescentou que a decisão equivale a “realinhar o processo de contratação com critérios de longa data para cargos de professores titulares e com estabilidade”.

A Faculdade de Artes e Ciências abrange mais de três dezenas de departamentos acadêmicos e inclui os programas de graduação de Harvard e sua Escola de Pós-Graduação em Artes e Ciências.

No mês passado, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts também anunciou que não exigiria declarações de diversidade. A presidente da instituição, Sally Kornbluth, disse na ocasião que a universidade poderia “construir um ambiente inclusivo de muitas maneiras, mas que declarações compulsórias infringem a liberdade de expressão e não funcionam”.

O anúncio de segunda-feira marca mais uma vitória para os críticos das declarações de diversidade. Segundo eles, práticas do tipo ameaçam suprimir o debate.

Fonte: Folha de São Paulo

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