O governo dos Estados Unidos vai retomar sanções contra o regime da Venezuela devido ao cerco à oposição nas eleições previstas para julho no país sul-americano, segundo autoridades americanas. A lisura do pleito tem sido questionada desde que os principais adversários do ditador Nicolás Maduro foram impedidos de participar da disputa.
Washington havia levantado as sanções ao setor energético e ao ouro venezuelano em outubro de 2023, após um acordo alcançado entre o regime e a oposição em um processo mediado pela Noruega.
O acordo sugeria a possibilidade de a oposição participar das eleições presidenciais previstas para 28 de julho, nas quais Maduro busca um terceiro mandato. No entanto, desde então, a principal rival de Maduro, María Corina Machado, permanece inabilitada, e Corina Yoris, nomeada por ela para substituí-la nas eleições, não conseguiu inscrever sua candidatura.
Insatisfeita com a situação, Washington advertiu várias vezes que, se Caracas não mudasse de rumo, iria reimpor as sanções. Em janeiro, a Casa Branca já reativou as sanções à empresa estatal de mineração de ouro, depois que o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela ratificou a inabilitação política de María Corina.