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EUA: mortes por overdose caem pela primeira vez desde 2018 – 15/05/2024 – Equilíbrio e Saúde

As mortes por overdose de drogas nos Estados Unidos caíram em 2023 pela primeira vez desde 2018, anunciaram as autoridades de saúde dos EUA nesta quarta-feira (15).

Houve cerca de 107 mil mortes por overdose no país no ano passado, contra mais de 111 mil em 2022, uma queda de três por cento, de acordo com números preliminares.

A principal causa da crise de overdose nos EUA é atualmente o fentanil, um opioide sintético extremamente potente e viciante.

O número de mortes relacionadas ao fentanil caiu de mais de 76 mil em 2022 para pouco menos de 75 mil no ano passado, de acordo com dados do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças).

Joseph Friedman, pesquisador especializado nessa questão na Universidade de Califórnia em Los Angeles, disse à AFP que “muitos fatores provavelmente estão desempenhando um papel” nesse declínio. Em particular, “a intensificação do tratamento da dependência” e “o maior acesso à naloxona”, um antídoto usado para reanimar uma vítima de overdose de opioides, disse ele.

Outra explicação pode ser “a disseminação do fentanil”, que agora “esgotou todos os novos lugares para se estabelecer”, acrescentou.

Por outro lado, de acordo com os dados do CDC, as mortes por overdose de cocaína ou estimulantes, como metanfetamina, aumentaram.

Também foram observadas fortes disparidades regionais: enquanto os estados de Nebraska, Kansas e Maine registraram um declínio de 15% ou mais nas mortes, os estados de Washington, Alasca e Oregon, no oeste dos EUA, registraram um aumento de pelo menos 27%, segundo as autoridades.

Na primavera de 2023, a FDA (agência que administra drogas e alimentos nos EUA) autorizou pela primeira vez a venda de naloxona sem receita médica, na forma de spray nasal.

“Embora a aparente estabilização no número de mortes em comparação com os aumentos anteriores seja encorajadora, não há indicação de que os fatores estruturais fundamentais dessa crise tenham mudado significativamente”, alertou Friedman.

Fonte: Folha de São Paulo

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