O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta sexta-feira (23) mais de 500 novas sanções contra a Rússia, enquanto seu governo busca aumentar a pressão econômica e política sobre Moscou no marco de dois anos da Guerra da Ucrânia.
Washginton também vai impor novas restrições de exportação a quase cem grupos por fornecerem apoio à Rússia e vai tomar medidas para reduzir ainda mais as receitas energéticas da Rússia, disse Biden.
As medidas buscam responsabilizar a Rússia pela guerra e ainda pela morte do líder da oposição Alexei Navalni, seguiu o presidente americano em comunicado divulgado pela Casa Branca, enquanto Washington busca continuar apoiando a Ucrânia, mesmo que Kiev enfrente escassez de munição e atrasos na ajuda militar dos EUA, que precisa ser liberada pelo Congresso.
“As sanções garantirão que Putin pague um preço ainda mais alto por sua agressão no exterior e pela repressão interna”, disse Biden. As medidas de sexta-feira miram indivíduos ligados à prisão de Navalni, bem como o setor financeiro da Rússia e a base industrial de Defesa.
As sanções são as mais recentes de milhares de alvos anunciados pelos EUA e seus aliados após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022, que matou dezenas de milhares e destruiu cidades.
“Dois anos após esta guerra, o povo da Ucrânia continua lutando com tremenda coragem. Mas estão ficando sem munição”, disse Biden.
“A Ucrânia precisa de mais suprimentos dos EUA para manter a linha contra os ataques implacáveis da Rússia, que são facilitados por armas e munições do Irã e da Coreia do Norte.”
“É por isso que a Câmara dos Representantes deve aprovar o projeto de lei suplementar de segurança nacional bipartidário, antes que seja tarde demais”, seguiu ele, pressionando o Legislativo por um pacote bilionário que, além da Ucrânia, ajudaria também Israel e Taiwan.