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Edmundo González deixa Venezuela, diz vice-presidente – 08/09/2024 – Mundo

Edmundo González, rival de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais de 28 de julho, deixou a Venezuela na noite deste sábado (7). A informação foi divulgada na madrugada deste domingo (8).

A Justiça da Venezuela determinou a prisão de González na última segunda-feira (2). Ele representou a coalizão opositora no último pleito, que garantiu mais um mandato a Maduro sob fortes indícios de fraude.

A informação da saída do opositor foi emitida pela vice-presidente do país, Delcy Rodríguez. González deixa o país após ter pedido asilo a Espanha.

“Hoje [7 de setembro], saiu do país o cidadão da oposição Edmundo González Urrutia, que depois de se refugiar voluntariamente durante vários dias na embaixada da Espanha em Caracas, solicitou o processamento de asilo político a esse governo”, indicou Rodríguez em suas redes sociais.

Após a realização de contatos entre os dois governos, “a Venezuela concedeu o salvo-conduto necessário para o bem da tranquilidade e da paz política do país”, acrescentou.

O opositor, escondido desde 30 de julho e procurado pela Justiça, enfrenta uma investigação ancorada pela influência chavista no judiciário. Ele é acusado de conspiração, usurpação de funções, incitação à rebelião e sabotagem, depois de ter divulgado na internet atas eleitorais que atestariam sua vitória.

Desde 28 de julho o regime de Nicolás Maduro se recusa a divulgar as atas eleitorais, que serviriam para confirmar a legitimidade de sua vitória.

A oposição liderada por María Corina Machado garante que a plataforma extraoficial onde foram divulgadas as atas atestam a vitória de González com mais de 60% dos votos.

O CNE (Conselho Nacional Eleitoral) justifica, ao não divulgar as atas, que houve uma tentativa de ataque hacker ao processo eleitoral.


A proclamação de Maduro desencadeou protestos em todo o país, que já ocasionaram 27 mortes, 192 feridos e 2.400 detidos, incluindo mais de uma centena de menores.

Madura culpa Maria Corína e González pela violência, e pede que ambos sejam presos.

Fonte: Folha de São Paulo

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