Dois turistas israelenses e seu guia egípcio foram mortos a tiros neste domingo (8), na cidade egípcia de Alexandria, informou o Ministério das Relações Exteriores de Israel.
Um policial acusado de ter executado o tiroteio no distrito de Sawari, em Alexandria, estava sob custódia, disseram duas fontes de segurança egípcias, falando sob condição de anonimato.
Um egípcio ficou ferido no confronto, o primeiro ataque desse tipo contra israelenses no Egito em décadas. O Ministério do Interior egípcio não respondeu a um pedido de comentário da agência de notícias Reuters.
O ataque aconteceu um dia depois de uma ofensiva contra Israel deflagrada pelo grupo islâmico Hamas, pelo qual Israel prometeu “poderosa vingança” em resposta. Centenas de palestinos e israelenses foram mortos.
Cerca de mil combatentes do Hamas, facção que controla a Faixa de Gaza, lançaram aproximadamente 5.000 foguetes e entraram por terra, mar e ar em Israel no sábado (7).
Segundo uma das fontes egípcias, o policial disse que perdeu o controle e atirou aleatoriamente contra o grupo de turistas após ser provocado.
O Egipto foi a primeira nação árabe a normalizar as relações com Israel, mas embora os dois países cooperem estreitamente em matéria de segurança e energia, muitos egípcios, como outros em todo o mundo árabe, continuam a simpatizar com a causa palestina.
O chefe da inteligência egípcia manteve contato próximo com autoridades de Israel e do Hamas após a eclosão da violência, disseram três fontes de segurança no sábado.
Em junho, três soldados israelenses e um oficial de segurança egípcio foram mortos num incidente que durou horas perto da fronteira dos dois países.