– Procuro muitas vezes me dissociar da figura como jogador de futebol porque a vida continua, ser jogador de futebol é uma parte da minha vida, eu tenho uma outra parcela de vida que também é importante. E dentro dessa parcela, cabe aprendizado, cabe um crescimento pessoal, que é isso que eu busco. Nós temos que entender que nós temos mães, irmãs, filhas, esposas, namoradas, e que essas mulheres passam por provações ou pensamentos que nós, enquanto homens, não passamos. Que é uma coisa de pensar com que roupa vai sair ou não por um julgamento, por abrir um suposto precedente para qualquer coisa. Eu conversando com uma pessoa, ela me disse: ‘Olha, muitas vezes, se tem um caminhão parado na rua, numa calçada, eu não passo atrás daquele caminhão, porque eu fico com receio de que talvez possa ter ali alguém que vá me fazer mal”. Nós, enquanto homens, acho que a gente não tem esse tipo de pensamento, esse tipo de receio. Então, é muito importante que a gente fala aqui para o Rodrigo (diretor de comunicação da CBF), aqui representando a direção da CBF, poder iniciar essa conceitização. Trazer conversas e debates principalmente para a juventude, onde a gente consegue informando, de uma forma mais genuína, esse pensamento um pouco mais refletitivo e se colocando no lugar principalmente das mulheres de uma forma um pouco mais empática e que elas possam ter mais liberdade para poder ocupar os lugares que elas merecem ocupar – finalizou Danilo sobre o assunto.