Uma menina de 2 anos sofreu um coágulo sanguíneo e foi colocada em coma induzido após uma grave intoxicação alimentar em um resort de luxo, durante férias com a família. Chloe Crook viajou para o Jaz Aquaviva, em Hurghada, no Egito, com seus pais, em julho. Mas alguns dias após a família chegar, ela começou a apresentar uma série de sintomas gástricos, incluindo diarreia sanguinolenta, vômitos, fadiga e cólicas estomacais.
A criança foi levada às pressas para o hospital, onde ficou temporariamente cega e não verbal, antes que hematomas começassem a aparecer sob sua cabeça. Os testes revelaram que os rins de Chloe não estavam funcionando corretamente e, como resultado, ela passou por diálise de emergência enquanto estava em coma.
Outros testes revelaram que Chloe tinha Síndrome Hemolítico-Urêmica (SHU), uma condição potencialmente fatal ligada à bactéria E. coli, que também pode levar a danos cerebrais. Depois que a família retornou ao Reino Unido, a criança foi colocada em coma por um período de quatro dias, antes de desenvolver pneumonia e coágulos sanguíneos no pescoço e no braço.
A mãe de Chloe, Megan, 34, explicou que desde que a menina recebeu alta do hospital, se tornou uma “menina totalmente diferente” e agora precisa de ajuda para se movimentar e tem “pesadelos” decorrentes da experiência terrível que sofreu. “Ela costumava ser muito sociável e adorava ir à creche, mas agora evita interagir com pessoas fora de seu círculo de convivência. Ela também começou a ter pesadelos sobre estar no hospital; acordando gritando e berrando ‘não’ repetidamente e é horrível ver o quão afetada ela está.”
Megan acrescentou que sua filha ficou “traumatizada” com a experiência, com toda a família achando incrivelmente difícil “aceitar o que aconteceu”. Junto com o pai de Chloe, Alex, 40, Megan contratou advogados para investigar o ocorrido. Jennifer Hodgson, advogada da família disse: “As férias da família se transformaram em nada menos que um pesadelo depois que Chloe adoeceu. Eles compreensivelmente têm muitas perguntas e preocupações sobre como ela desenvolveu E. coli e as complicações subsequentes.”
“E. coli é extremamente séria e pode resultar em problemas de saúde de longo prazo, o que é potencialmente o caso de Chloe. Se, durante o curso de nossas investigações, quaisquer problemas forem identificados, medidas precisam ser tomadas para reduzir o risco de outros turistas adoecerem no futuro”, continuou. A bactéria Escherichia coli, que também é conhecida como E. coli, vive no trato digestivo humano e faz parte da flora intestinal. Mas dependendo do sistema imunológico ou de onde ela se encontra, pode levar a infecções a graves e até fatais.
A mãe disse: “Quando estávamos no Egito, ela estava com muita dor e só recebeu paracetamol. O padrão de tratamento não chegou nem perto do que esperávamos, e continuamos ouvindo que Chloe tinha gastroenterite. Tivemos que insistir para que mais exames fossem feitos, pois sabíamos que havia algo muito errado com nossa filha. Foi muito angustiante para Alex e eu vê-la daquele jeito e saber que não podíamos fazer nada; nos sentíamos completamente desamparados.”
Ela continuou: “Descobrir que era E. coli e HUS foi um choque enorme para nós. Lemos relatos sobre casos trágicos disso, onde crianças tiveram danos cerebrais ou perderam a vida devido a essa doença horrível e ficamos aterrorizados.” Megan acrescentou que descobrir que Chloe estava “sofrendo de uma lesão renal aguda” e precisava ser colocada em coma induzido devido a convulsões foi “horrível”.
Agora, quase quatro meses após a viagem, Chloe continua tomando medicamentos anticonvulsivantes, anticoagulantes e vários outros medicamentos, e precisará de exames anuais para verificar sua função renal.
O Jaz Aquaviva Resort foi contatado para comentar a reportagem do Mirror, mas não retornou aos pedidos.