A equipe jurídica do presidente destituído da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, negou nesta quinta-feira (19) que ele tenha cometido o crime de insurreição ao impor uma controversa lei marcial durante algumas horas no início do mês.
A Assembleia Nacional aprovou no último sábado (14) o impeachment de Yoon, que precisa ser ratificado em um prazo de seis meses pelo Tribunal Constitucional. A primeira audiência da corte sobre o processo será no próximo dia 27.
No dia 3 de dezembro, Yoon anunciou em um discurso exibido na televisão a imposição da lei marcial no país pela primeira vez desde a instauração da democracia na década de 1980. Em seguida, ordenou o envio de soldados à Assembleia Nacional.
Após várias horas de tensão e choque, com grandes protestos nas ruas, o presidente conservador recuou diante do fato de que os deputados da oposição conseguiram entrar no Parlamento e votar contra a lei.
Yoon e seu entorno enfrentam investigações por corrupção do Ministério Público e de uma equipe especial da polícia, do Ministério da Defesa e de agentes de combate à corrupção.
“Em que lugar do mundo um líder declara uma insurreição durante uma entrevista coletiva ao vivo?”, questionou Seok Dong-hyeon, porta-voz da equipe de defesa de Yoon.
O advogado também afirmou que o presidente destituído está “seguro e confiante” de combater as acusações nos tribunais.
Yoon e vários colaboradores podem ser condenados à prisão perpétua ou pena de morte se forem declarados culpados. No momento, ele está proibido de viajar ao exterior.
