Em reuniões na manhã deste sábado (7), em Seul, o Partido do Poder do Povo indicou posição contra o impeachment do presidente do país, Yoon Suk Yeol, que é do PPP. A votação está marcada para as 19h, horário local (7h no Brasil), na Assembleia Nacional.
A oposição precisa de pelo menos oito votos do partido governista para aprovar o impeachment, mas os deputados que haviam se pronunciado favoráveis voltaram atrás, inclusive o presidente do PPP, Han Dong-hoon, e Cho Kyung-tae, que havia sido o primeiro a apoiar a destituição. Eles ainda defendem a renúncia de Yoon.
Han se encontrou com o primeiro-ministro Han Duck-soo, também do partido, para “discutir e considerar o melhor caminho para a República da Coreia e o povo no futuro”, evitando repetir o apoio dado ao impeachment na véspera.
Ele teria pedido para Han Duck-soo “cuidar da vida das pessoas, da economia e das questões de Estado de uma maneira mais estável, para que o povo não fique ansioso”. E o primeiro-ministro teria respondido: “Vou me comunicar estreitamente com o partido no futuro e cuidar bem da vida do povo e da economia”.
O encontro foi logo após o presidente Yoon anunciar, em breve pronunciamento também neste sábado, que “no futuro o nosso partido e o governo assumirão a responsabilidade pelos assuntos de Estado” e que iria “deixar o plano de estabilidade política para o nosso partido, inclusive a questão do meu tempo no cargo”.
Lee Jae-myung, líder da principal legenda de oposição, o Partido Democrático, afirmou sobre o pronunciamento que Yoon foi “desapontador” e “só aumenta a sensação popular de traição e raiva”. Além do impeachment, acrescentou, “se necessário, ele deve ser preso”.