Os atletas alagoanos da equipe Sub-20 do clube Cruzeiro de Arapiraca, que encerraram nessa quarta-feira (10), sua participação na Copa São Paulo de Futebol Júnior, a Copinha, contaram com a ajuda de empresários da cidade de Itaquaquecetuba, uma das sedes da competição, para voltar para casa. Isto aconteceu porque o grupo, que conseguiu a vaga…
Cruzeiro de Arapiraca
Isto aconteceu porque o grupo, que conseguiu a vaga inédita através Campeonato Alagoano Sub-20, quando ficou em 3° lugar, e acabou sendo destaque nacional devido aos apelidos inusitados dos atletas, viajou em condições orçamentárias não favoráveis.
Diante da situação, mobilizados pelo prefeito da cidade, delegado Eduardo Boigues, um grupo de empresários do setor de turismo se reuniu e conseguiu que o grupo voltasse para a cidade de origem em um ônibus leito, com todas as despesas pagas, de forma mais confortável do que a prevista inicialmente.
Em publicação conjunta com o clube no Instagram, o prefeito agradeceu às empresas envolvidas e destacou a coragem e determinação pelo esporte, demonstrada pelos jovens.
Em contato com o presidente do Cruzeiro de Arapiraca, Nathan Falcão, o Alagoas24Horas buscou entender as razões que levaram à esta situação.
Falcão explicou que inicialmente a viagem para participar da Copinha estava dentro do orçamento de 2023, porém um empenho de co-patrocínio da prefeitura de Arapiraca não foi repassado, o que fez com que o clube fechasse o ano em déficit de aproximadamente R$ 400 mil.
Sem a previsão de receber este valor, foi feita uma rifa online para arrecadar recursos exclusivamente para a competição. Com o montante arrecadado foi contratado um micro ônibus semi-leito, que levaria e traria de volta o grupo. A volta acabou sendo cancelada após o prefeito da cidade garantir que providenciaria uma volta mais confortável para toda a delegação.
“O Cruzeiro de Arapiraca chegou em Itaquaquecetuba no dia 02 de Janeiro e foi recebido pelo Secretário de Esporte Fabiano que deu todo suporte para o clube. No dia 04, fizemos nossa estreia na Copinha contra a equipe do Sport e devido os apelidos inusitados o Cruzeiro de Arapiraca viralizou nacionalmente. No dia seguinte, 05, o prefeito Eduardo nos procurou. Falamos da história do clube, das dificuldades encontradas e de imediato ele pediu pra cancelar o micro-ônibus de volta e que não se preocupasse pois toda delegação voltaria com mais conforto”, explicou o presidente do clube.
Nathan Falcão pontuou ainda que não recebe nenhum incentivo público para participação na competição. “O único aporte que veio, foi através da FAF [Federação Alagoana de Futebol], a qual já faço meu agradecimento ao presidente Felipe Feijó e o vice Júnior Beltrão, pois sem esse aporte seria mais difícil”, contou.
Questionado a respeito do que poderia ser feito para que situações como esta não voltassem a acontecer com o Cruzeiro ou com outros clubes alagoanos que participem de competições fora do estado, Falcão falou sobre o desejo de que as cotas de incentivo ao esporte do Governo do Estado e de patrocínio sejam rateadas de forma igualitária e justa entre os clubes por cotas de divisão estadual. “Se analisarmos o aporte direto de patrocínio do Governo do estado dos oito clubes da Série A do Alagoano, apenas três são beneficiados e isso também afeta a competitividade e equilíbrio nas competições”, disse.
Ao analisar a situação ocorrida, o presidente resumiu: “O Cruzeiro de Arapiraca ganhou Itaquaquecetuba e o Brasil pelo carisma, organização e respeito e isso foi reconhecido”.
