O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, disse nesta quinta-feira (3) que não há indicativo até o momento de que um pássaro tenha sido sugado pela turbina do avião presidencial que teve que retornar à Cidade do México após apresentar problemas técnicos.
Damasceno destacou ainda que a atual aeronave usada pelo presidente Lula (PT) tem 20 anos e defendeu a compra de um novo avião.
“Nós não descartamos [que houve] uma ingestão de pássaro. A aeronave tinha acabado de recolher o trem de pouso, é uma altitude que normalmente pode ter ingestão de pássaro, mas não temos nenhuma indicação. Não há sangue, não há pena, não há nada que tenhamos identificado. Ao abrir o motor pode surgir”, disse.
O chamado Aerolula teve um problema técnico pouco após decolar, no aeroporto da Cidade do México, na terça-feira (1º). Como não conseguiu se desfazer de parte do combustível, precisou ficar andando praticamente em círculos para esvaziar o tanque para conseguir pousar com segurança. Foram 50 voltas sobre o território mexicano ao longo de quase cinco horas.
Lula depois pousou no Aeroporto Internacional Felipe Ángeles, próximo à Cidade do México, após horas sobrevoando o país para queimar combustível e poder chegar ao solo em segurança. O piloto do avião chegou a declarar urgência nas comunicações com a torre de controle do aeroporto logo após a decolagem.
Após o pouso, a comitiva presidencial embarcou no avião reserva da Presidência e seguiu viagem para Brasília, chegando apenas na manhã desta quarta-feira. Lula reclamou das condições durante o voo, sem telefone e internet em alguns momentos para se comunicar com o Planalto.