A ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, comprou uma série de ações na bolsa de valores, segundo declaração de bens enviada ao escritório anticorrupção do Ministério de Justiça e Direitos Humanos argentino. Dentre as empresas com ações compradas estão a Coca-Cola, a Apple e o Mercado Livre.
No documento do ministério, consta que Cristina comprou 1.667 ações do Mercado Livre, empresa de origem argentina, ao valor total de quase 40 milhões de pesos argentinos (cerca de R$ 240 mil na cotação atual). Marcos Galperín, fundador e CEO da plataforma de comércio eletrônico e crítico de Cristina, ironizou as transações.
No X, o CEO comentou uma publicação de um usuário que dizia “29 milhões em ações do Mercado Livre tem Cristina Kirchner. [Ela] deve confiar muito em Marcos Galperín”. O CEO respondeu a postagem dizendo: “Com o dinheiro deles, são capitalistas. O socialismo é sempre com o seu, contribuinte.”
A divulgação da declaração de patrimônio da ex-presidente da Argentina fez o Mercado Livre ser um dos assuntos mais comentados no X na manhã desta quarta-feira (7). Cristina foi alvo de comentários irônicos e críticas. “O plot twist da Cristina Kirchner sendo acionista do Mercado Livre não vimos chegar. Poético”, escreveu um usuário.
O comentário de Galperín foi reproduzido por integrantes do governo de Javier Milei, ultraliberal crítico de governos dos quais participou Cristina. A chanceler Diana Mondino foi uma das que compartilhou a mensagem.
De acordo com o documento, o patrimônio da ex-presidente em 2023 foi de quase 250 milhões de pesos argentinos (cerca de R$ 1,5 milhões).
Além de Mercado Livre, Coca-Cola e Apple, Kirchner também comprou ações da Berkshire Hathaway, empresa de investimentos de Warren Buffett, Visa e Bioceres, companhia fornecedora de tecnologias agrícolas.