Após autorização da Defesa Civil de Maceió, a Braskem realizou, no último dia 20 de janeiro, um estudo aprofundado na região da mina 18, que colapsou em dezembro de 2023. A mineradora agora aguarda os resultados desses estudos para avaliar, com consultores especializados, se será necessário adotar medidas adicionais na localidade.
A análise foi feita após a Defesa Civil de Alagoas ter exigido um monitoramento de urgência nas cavidades 20 e 21, que hoje são uma só – e 29. Segundo o órgão, as três cavidades estão próximas à área que rompeu em dezembro do ano passado.
A operação para avaliar a localidade foi considerada de risco pela Defesa Civil municipal. O estudo foi foi feito por técnicos da mineradora, que utilizaram um sonar para acessar as cavidades.
Em nota encaminhado ao TNH1 (veja abaixo), a mineradora informou que a área de resguardo onde está localizada a mina 18 é monitorada em tempo real e que os dados são compartilhados com os órgãos competentes.
“A Braskem contratou estudos técnicos sobre a situação da cavidade 18 e aguarda os resultados para avaliar, com consultores especializados, a necessidade de adoção de medidas adicionais.
A área de resguardo, onde está localizada a cavidade 18, é monitorada por uma das redes de monitoramento mais modernas e robustas do país. Os equipamentos transmitem informações em tempo real e todos os dados são compartilhados, também em tempo real, com os órgãos competentes.
Os acessos à área de resguardo continuam restritos, mediante autorizações específicas da Defesa Civil e com a aplicação de protocolos de segurança próprios para o local”, diz a nota.
Deslocamento vertical da cavidade da mina 18 segue sem alteração – Por meio de nota enviada à TV Pajuçara, a Defesa Civil de Maceió divulgou, na tarde desta segunda-feira (29), uma atualização sobre a situação da Mina 18 da Braskem, no Mutange, que colapsou em dezembro de 2023. De acordo com o órgão, o deslocamento vertical da cavidade da mina segue sem alteração — o que mostra uma perspectiva de possível estabilidade.
O atual cenário da Mina18 é bem diferente do registrado há exato dois meses, quando a Defesa Civil municipal havia disparado, via SMS, para a população da capital alagoana, um alerta para risco iminente de colapso na região próxima ao antigo Centro de Treinamento do CSA, no bairro Mutange. À época, o alerta foi divulgado logo após moradores do bairro do Pinheiro, um dos locais atingidos pela mineração da Braskem, registrarem vários tremores de terra.
Segundo o órgão, o monitoramento na área atingida pela mineração da Braskem continua sendo feito de forma ininterrupta e, até o momento, não há riscos que indiquem necessidade de alerta.
O colapso da mina 18 – O colapso da mina 18 foi registrado por volta das 13h15, no dia 10 de dezembro de 2023. O rompimento de parte da mina de sal-gema, propriedade da mineradora Braskem, ocorreu dias após ter soado o alerta de risco de colapso. A ameaça levou à evacuação emergencial de aproximadamente 5 mil famílias, residentes nos bairros Bebedouro, Bom Parto, Pinheiro, Mutange e Farol.