Por Bruno Braz / Folhapress
A torcida do Botafogo, literalmente, fez história em Buenos Aires. Além de invadirem a capital argentina e fazerem muita festa pelas ruas, os botafoguenses também transformaram um bar na região de Puerto Madero em point e quebraram um recorde: fizeram com que o estabelecimento não abrisse pela 1ª vez em um domingo depois de mais de 20 anos.
O QUE ACONTECEU – O “Kraken” foi o bar escolhido para que os alvinegros assistissem à partida contra o Palmeiras, no último dia 26, ainda pelo Brasileirão. A ideia e organização foram feitas pela “ArgenFogo”, torcida de botafoguenses que moram em Buenos Aires, no jogo anterior à final da Libertadores.
A vitória por 3 a 1, os quatro telões e o grande espaço ao ar livre caíram no gosto dos botafoguenses. A partir dali, de forma orgânica, a torcida passou a adotar o local como ponto de encontro durante toda a semana.
O próprio Botafogo percebeu que ali havia se tornado a casa dos alvinegros e se rendeu. Na véspera, fez por lá um evento chamado “Casa Fuego”, que não estava previamente programado. O clube, por exemplo, havia tentado emplacar outro local como ponto de encontro, a praça Largo de Regatas.
A reportagem esteve por lá neste domingo (1º), dia seguinte do título do Botafogo. O bar estava com suas portas fechadas e passava por uma faxina.
A funcionária revelou que pela 1ª vez, em mais de 20 anos, o Kraken não estava aberto no domingo. O motivo? Os botafoguenses beberam todas as cervejas do bar na comemoração.
“Não estamos abertos nesta segunda-feira (2). A torcida do Botafogo esgotou todas as cervejas. Foi uma loucura esses dias. O bar existe desde os anos 2000 e nunca teve uma movimentação tão grande. Tivemos algumas coisas quebradas, mas mesmo assim o saldo foi super positivo. Foi uma loucura, mas foi lindo”, disse funcionária do Kraken ao UOL.
BOTAFOGUENSES DEIXAM SUAS MARCAS NO BAR – Na visita no domingo, o UOL notou que os botafoguenses deixaram suas marcas. Adesivos com a frase “é tempo de Botafogo” foram colados nos canhões que funcionam como adereços nos bares. Também havia sido escrita a frase “é a Fúria, mané!”, em alusão à organizada alvinegra Fúria Jovem.
“A Marlene, gerente, me disse que era meio impressionante para eles, porque nunca havia esgotado o estoque de cerveja. Foi a primeira vez que aconteceu isso. E foram com os torcedores do Botafogo. Ela estava muito feliz, óbvio. Disse que nunca havia tido um movimento como esse. E ela não falou, mas óbvio que nunca faturou tanto também. Mas agradeço muito a organização do bar. Trabalharam em conjunto com a gente, nos ajudaram muito. Só tenho que agradecer a eles para essa semana ter sido totalmente perfeita”, disse Luiz Gabriel Palassi, integrante da ArgenFogo, complementando:
“Eu só caí na real da história que a ArgenFogo fez, do que participamos, quando eu vi a galera indo para o Kraken sem termos avisado nada para ninguém. Foi da maneira mais orgânica do mundo e tornamos ali a casa do Botafogo em Buenos Aires. E vai ser e continuará sendo. Nós, da ArgenFogo, continuaremos vendo os jogos dali, porque não tem como ser diferente. O local agora é históricoLuiz Gabriel Palassi, integrante da ArgenFogo.