De bate-pronto, em seu relato “ao vivo”, o serviço financeiro Bloomberg levou à manchete digital: “Biden chama Xi de ditador, arriscando reação negativa na China” (abaixo). Foi a última resposta de Biden, 81, em entrevista coletiva:
“Bem, olha, ele é. Quer dizer, ele é um ditador no sentido de que aqui está um cara que dirige um país que é comunista baseado em uma forma de governo totalmente diferente da nossa.”
Antes da coletiva, entre outros agrados, Biden havia levado Xi Jinping até o carro para se despedir, como mostrou o chinês Global Times.
A Bloomberg avaliou depois que “a declaração provavelmente dominará as manchetes”. Não foi o que aconteceu nos jornais americanos, nas horas seguintes.
No New York Times, “Após reunião com Xi, Biden elogia negociações sobre Fentanyl e comunicação”. No Washington Post, “Biden e Xi concordam em restaurar laços militares, ajudando a aliviar tensões”. No Wall Street Journal, “Biden e Xi reduzem rancor e enfatizam cooperação em cúpula de alto risco”.
O primeiro citou a frase no quarto parágrafo de seu relato. O segundo, no 10º. O terceiro, no 20º.
‘VOCÊ CONFIA EM BIDEN?’
Horas antes, ao se fecharem para a reunião, ainda diante dos jornalistas, uma repórter da rede ABC, ex-Bloomberg em Pequim, perguntou em mandarim para Xi: “Você confia em Biden?”.
Segundo ela, “ele tirou seu fone de tradução para ouvir minha pergunta, olhou, mas não respondeu“.
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