Um avião de passageiros Sukhoi Superjet 100 caiu na região de Moscou, a capital da Rússia, nesta sexta-feira (12), durante um voo para testes. Três membros da tripulação morreram, segundo o Ministério de Emergências russo.
Autoridades do governo disseram que a aeronave se acidentou em uma área arborizada perto da cidade de Kolomna e que não houve outras vítimas além das que estavam a bordo. A causa do incidente não estava clara.
Segundo o conglomerado russo UAC (United Aircraft Corporation), o avião fazia testes após passar por reparos e pertencia à Gazpromavia, uma companhia aérea pertencente à gigante estatal Gazprom. A empresa opera voos regionais e realiza serviços logísticos para a Gazprom.
A aeronave teria saído do pátio de manutenção, em Lukhovitsi, para o aeroporto de Vnukovo, que serve de base para a Gazpromavia, quando desapareceu dos radares, segundo o jornal The Moscow Times.
O jato estava equipado com um motor SaM146, de acordo com o provedor suíço de inteligência de aviação Ch-aviation. Os motores são fabricados por uma associação franco-russa.
A Rússia tem desenvolvido o Sukhoi Superjet —um jato regional— há algum tempo para substituir aeronaves fabricadas no Ocidente.
O Sukhoi Superjet foi a grande aposta da aviação do país após o fim da União Soviética e chegou a operar em países ocidentais como Bélgica e México, mas por falta de apoio logístico e técnico acabou sendo retirado dos voos nestas regiões, de acordo com o site especializado em aviação Aeroin.
As companhias aéreas russas têm enfrentado dificuldades para importar peças de reposição para aeronaves desde que as sanções ocidentais foram introduzidas em 2022, após a invasão do país de Vladimir Putin à Ucrânia de Volodimir Zelenski.
A UAC está desenvolvendo sua própria versão do Sukhoi Superjet, mas sua produção ainda não começou.
Essa é a terceira queda de um Sukhoi Superjet desde que o jato foi introduzido em 2008. Trata-se do primeiro avião de passageiros desenvolvido pela Rússia desde a Guerra Fria. Desde então, já são 89 mortos. Cerca de 150 das aeronaves desse modelo estão atualmente em operação.
O primeiro acidente ocorreu em 2012 durante um voo de demonstração na Indonésia, no qual 45 pessoas morreram. O segundo jato caiu em 2019 durante o pouso no aeroporto de Sheremetievo, em Moscou, matando 41 pessoas.
